sexta-feira, 8 de março de 2013

Mulher: livro apresenta dados e reflexões sobre a violência

Resultado de três anos de pesquisas relativas à violência de gênero, em suas 208 páginas, o livro "É pensando nos homens que eu perdoo aos tigres as garras que dilaceram", conta com textos de seis autores para apresentar uma contextualização histórica relativa a violência contra a mulher. De acordo com o organizador da obra, o jornalista e colunista do jornal Diário da Manhã, Ivaldino Tasca, a idéia de fazer um livro com essa temática surgiu há cerca de seis anos, quando ele ouviu a frase de um jornalista que dizia: "A mulher só é fiel a moda". A partir disso, Tasca começou a observar frases de pensadores antigos e textos históricos que o levaram a uma constatação: "Ao longo da história as mulheres sempre foram colocadas em segundo plano", comenta. Para colaborar na pesquisa histórica, o jornalista diz que contou com a ajuda do professor José Ernani de Almeida.

De acordo com Tasca, a observação leva a crer que muito da violência que as mulheres enfrentam hoje é fruto dessa construção histórica que ao longo do tempo subjugou as mulheres. "Depois desse estudo pude observar que a violência é sim intrínseca ao ser humano, inclusive como uma forma de sobrevivência, mas a violência de gênero, do homem contra a mulher, é uma construção histórica, que vem de 4, 5 mil anos", considera o jornalista.

Numa busca de trazer essa reflexão para a realidade local Tasca buscou as colaborações de três mulheres da comunidade que lidam com o tema em seu dia-a-dia: a advogada Josiane Petry Faria, coordenadora do Projur Mulher UPF, a professora Mariane Loch Sbeghen, responsável pela oficina de arteterapia na Casa da Mulher, e ainda a delegada Claudia Rocha Crusius, titular da Delegacia de Polícia Especializada no Atendimento à Mulher de Passo Fundo. o livro conta também com prefácio de Tasca e posfácio da jornalista Marina de Campos, que também é responsável pela capa.

Enquanto o título do livro é uma frase da poetisa portuguesa Florbela Espanca, a apresentação é escrita pela socióloga costarriquenha Montserrat Sagot. "Essa participação dela nos deixa muito lisonjeados, pois a Montserrat Sagot tem livro nessa área e é um símbolo da luta pelo fim da violência contra a mulher", completa Tasca.

Lançamento

A obra, que está sendo impressa, tem o lançamento com sessão de autógrafos marcado para o dia 8 de março, a partir das 18h na livraria Nobel, na Rua General, 1148 . De acordo com Tasca, a data foi escolhida por se tratar do dia Internacional da Mulher, já que o livro aborda a questão da violência, infelizmente tão presente no universo feminino.

Crise na LBR gera clima de incertezas no setor lácteo

Em pouco mais de dois anos, a Lácteos Brasil (LBR), megacompanhia do setor leiteiro nacional, que concorria de igual para igual com outras gigantes do setor, como BRF e Nestlé, foi do céu ao inferno. A empresa amarga uma grave crise, deflagrada por uma dívida estimada em R$ 1 bilhão, que a fez entrar, recentemente, com pedido de recuperação judicial.

Depois de chegar ao mercado e ocupar o terceiro lugar no ranking do setor lácteo nacional - BRF detinha o primeiro lugar e a Nestlé o segundo -, a LBR, oriunda da fusão da gaúcha Bom Gosto com a Monticiano (Goiás), decidiu suspender o pagamento a credores e busca agora a formulação de um plano de reestruturação. Com um faturamento total de R$ 2,4 bilhões, 31 fábricas, 56 mil fornecedores de leite e uma captação de 1,3 bilhão de litros de leite ao ano no País, a empresa inicia o processo de reestruturação com substituição de sua diretoria, com a nomeação de um novo presidente-executivo (CEO), Rami Goldfajn, e um diretor-presidente, Nelson Bastos.

Frente a este cenário, surge o temor de que as dificuldades financeiras da empresa tenham reflexo no pagamento de fornecedores. "São 25 mil produtores gaúchos vinculados à Bom Gosto e à LBR e que agora vivem um temor de que o pior aconteça", disse o presidente da Associação Gaúcha dos Laticinistas (AGL), Ernesto Krug. Segundo ele, a associação recebeu algumas denúncias sobre atrasos nos pagamentos pela entrega do leite, ocorridos no mês de novembro. "São casos pulverizados, mas que geram inquietação. O pagamento foi feito, mas atrasaram", disse o dirigente. Segundo Krug, a LBR conta com 25 mil produtores no Estado, os quais são responsáveis pela captação de 2,3 milhões de leite ao dia, volume que representa cerca de 23% da captação leiteira diária no Estado, estimada em torno de 10 milhões de litros.

A empresa, através de sua assessoria de imprensa, assegura que não houve atraso nos pagamentos e que "colaboradores, clientes, produtores e cooperativas não serão afetados: a LBR vai honrar com os compromissos e efetuar os pagamentos em dia a funcionários e fornecedores, bem como manter os volumes de captação de leite e o fornecimento regular de seus produtos aos clientes."

O diretor-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, confirma que o sindicato não foi informado sobre atrasos no pagamento de fornecedores e disse não acreditar que, a médio prazo, haja motivo para apreensão. "Caso a crise da empresa venha a se agravar, os produtores vinculados a ela serão rapidamente absorvidos por outras empresas, pois produzem matéria-prima de alta qualidade." Para ele, a crise pode ter se originado dos altos custos de produção e da matéria-prima, resultando em margens muito apertadas. Para Palharini, o sistema tributário brasileiro é um dos principais responsáveis pela situação da LBR, especialmente no que diz respeito aos créditos de PIS/Cofins que não podem ser monetizados. A empresa detém cerca de R$ 500 milhões em créditos, o que representa metade da dívida. Esses créditos são gerados na compra de insumos, mas, como o setor de lácteos é quase todo isento de PIS/Cofins, a empresa não consegue utilizar o crédito.

O presidente da Fetag-RS, Elton Weber, também nega que a entidade tenha recebido denúncias de atraso nos pagamentos. O mesmo afirmou a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Tapejara, Jussara Salete de Mello. "Há uma onda de especulações, mas nada de concreto. Dos nossos 1,8 mil associados, nenhum reclamou de atrasos", afirmou. O presidente do sindicato rural do município, Moisés Moro, disse que, entre os grandes produtores, não houve denúncias de atrasos. "Conheço o Wilson Zanatta, até pouco tempo atrás ele era produtor, e nunca deixaria o pessoal mal", destacou.

Entre as marcas de propriedade da LBR, estão Parmalat, Leitebom, Bom Gosto, Líder, DaMatta, Ibituruna e São Gabriel. A megaempresa foi criada a partir da fusão entre o laticínio Bom Gosto (com 26,3% de participação), do empresário Wilson Zanatta, e da Leitbom, controlada pela Monticiano (com 40,5% das ações). Com 30,3% do capital da LBR, o Bndes também compõe o quadro acionário da empresa.

Jusene: a primeira prefeita da Região

Eleita em 7 de outubro de 2012, Josene Consoladora Peruzzo é a primeira prefeita mulher de Santa Cecília do Sul e da Amunor.

Josene tem 42 anos e iniciou as atividades na vida pública no ano de 2008, quando foi a vereadora mais votada do município. Em 2009 assumiu a Secretaria de Saúde e atualmente comanda o Executivo Municipal.

A ascensão de Josene ao cargo de prefeita configura um fato histórico em Santa Cecília e na região, já que nos mais de 50 anos da Amunor ela é a primeira prefeita eleita nos municípios que integram a associação.

Além da vida pública, Josene é produtora rural, casada com Inacir Peruzzo e mãe de Giovani (15 anos).

Para a prefeita, que fundou o PSB em 2010 em Santa Cecília, o Dia da Mulher representa não somente a independência das mesmas e sim o fato de as mulheres comprovarem, no dia a dia, a capacidade de ocupar cargos antes comandados somente por homens e desempenhar suas funções de forma igual ou até melhor que seus antecessores.

"Saudamos a todas as mulheres pelo 8 de março! Que essa conquista seja comemorada todos os dias do ano", encerra a prefeita.

Palestra: no dia 8 de março haverá palestra sobre qualidade de vida, com o Dr. Mário Blaya, em Santa Cecília do Sul. Segundo o médico, serão transmitidas informações gerais sobre saúde e em especial orientação para as mulheres, tendo em vista a passagem do Dia Internacional da Mulher.

Maria da Penha lidera atendimentos na Casa Rosa

 
A violência cometida contra mulheres no âmbito doméstico e a violência sexual são fenômenos sociais e culturais ainda cercados pelo silêncio e pela dor. Políticas públicas específicas que incluem a prevenção e a atenção integral são fatores que podem proporcionar o empoderamento, ou seja, o fortalecimento das práticas autopositivas e do coletivo feminino no enfrentamento da violência no Brasil.

Instalada há um ano e cinco meses em Tapejara, a Casa Rosa é uma referência às mulheres que são vítimas de qualquer tipo de violência. Durante este tempo de atuação foram registrados cerca de 600 atendimentos e, destes 60% são relacionados à violência.

De acordo com a coordenadora da Casa, advogada Mariana Barizon, assim que o trabalho foi implantado na cidade, as mulheres ficavam tímidas em procurar ajuda, mas hoje já se sentem à vontade pois sabem que o trabalho é sigiloso. "Atendemos uma média de oito casos por semana, nesta área", conta.

Mariana explica que as mulheres que procuram ajuda não se encaixam num único perfil. "Já atendemos mulheres de todas as classes sociais, dependentes ou independentes financeiramente", frisa. Já os homens agressores, na maioria das vezes são maridos ou namorados das vítimas, embora tenha casos em que os próprios filhos agridem as mães. Também são maioria os viciados em álcool ou drogas que cometem este tipo de crime.

As mulheres que procuram a Casa Rosa passam por uma triagem, avaliação psicológica e assistencial. "Notamos que a maioria quer uma ajuda para reconstruir a família. Elas acreditam que o agressor possa mudar e por isso não recorrem ao registro de Boletim de Ocorrência. E a nós cabe respeitar a decisão de cada uma", diz a advogada. Quando a situação se encaminha para um divórcio, as vítimas que têm situação financeira estável são encaminhadas para a OAB a fim de que contratem um advogada. As carentes são atendidas pela advogada da Casa Rosa ou pela Defensoria Pública. Nos casos em que há tentativa de reconciliação, os agressores também são notificados a comparecer na Casa para uma avaliação. Mariana salienta que a maioria deles nega que agride a esposa e não reconhece ser dependente de álcool ou drogas ilícitas. "Outro fator que nos chama muita atenção é que as famílias que sofrem com este tipo de ocorrência estão desestruturadas, sem fé e não seguem religião alguma. Nas conversas que proporcionamos tentamos aconselhar o casal a frequentar alguma igreja com a qual se identifiquem, independente da denominação", disse.

A advogada alerta as mulheres que sofrem qualquer tipo de violência a tomarem algumas atitudes: manter a calma nos momentos de discussão, ignorar provocações e procurar auxílio na Casa Rosa, localizada em frente a Biblioteca Pública.

Todas as quartas-feiras, às 16 horas, são realizadas reuniões com grupo de apoio às vítimas e orientações de uma psicóloga.

LEO Clube realiza campanha de preservação da natureza

Onde existe a preservação da natureza, existe futuro!

Foi com este lema que o LEO Clube Tapejara realizou mais uma campanha em prol do meio ambiente.

No sábado, dia 23, ocorreu a primeira etapa da campanha, quando os membros do clube se reuniram no pórtico da cidade onde distribuíram 3000 sacolas ecológicas para carros e romeiros que se dirigiam a Ibiaçá. Devido ao grande movimento na rodovia, o LEO Clube Tapejara juntamente com o LEO Clube Ibiaçá, colocaram lixeiras no percurso para que o lixo pudesse ser destinado corretamente.

A segunda etapa da campanha aconteceu no domingo dia 3, em uma parceria com o LEO Clube Ibiaça. Os jovens limparam toda a rodovia que liga Tapejara à Ibiaça.

De acordo com os membros do LEO que participaram da campanha em 2012, o lixo recolhido diminuiu significativamente em virtude das l

Polícia Civil prende traficante na 13 de Maio

Na manhã de quinta-feira (28), por volta das 6 horas, a Polícia Civil de Tapejara prendeu E.E.B (25 anos), acusado por tráfico de drogas. Depois de uma investigação, que durou cerca de 30 dias, os policiais deram um flagrante na casa do acusado, onde encontraram 48 pedras de crack, um som automotivo, celulares e dinheiro trocado, o que dá indícios de comercialização de drogas.

Também estavam na casa, localizada na Vila 13 de Maio, a namorada do acusado e um amigo. Os dois foram ouvidos pela polícia e liberados.

O preso, natural do Paraná, informou à polícia que trabalhava com carregamento de frango e a droga encontrada em sua casa era para consumo. Mas, de acordo com o delegado Venicius Demartini, a grande quantidade embalada separadamente configura o tráfico, como prova da investigação que já vinha sendo realizada.

E.E.B. foi ouvido pela polícia e encaminhado para o presídio de Getúlio Vargas, onde aguardará julgamento.