Colunistas

E Danica veio ao mundo!

A notícia foi que “Danica May Camacho, nascida ainda no domingo (30), dois minutos antes da zero hora desta segunda-feira (31) no José Fabella Memorial Hospital, um centro público da capital filipina, tem 2,5 quilos.”
Quem é Danica? E eu com isso?
É que segundo a ONU após o nascimento de Danica somos 7.000.000.000 de habitantes. Claro que o número está desta forma para impressionar muito mais que se escrito por extenso “sete bilhões”. Certo que, mesmo em qualquer das formas estamos falando de um espantoso número de habitantes, que o planeta terra esta suportando o peso. Para fazer um comparativo do quanto significa isso é só dividir a população do mundo pelo número de tapejarenses, aquela resulta 363.636 vezes a de Tapejara.
Fica mais impressionante se pensarmos que é sete bilhões de bocas que precisam vinte e um bilhões de refeições por dia, se considerarmos que todos teriam esse direito satisfeito. Sabe-se que não são todas as bocas que sentem o gosto da comida, três vezes ao dia. A fome é um problema que devemos solucionar! E eu com isso?
Também é assustador saber que são necessários bilhões de bancos escolares, para sentar cada terráqueo que está em idade escolar. Sabe-se que nem todos possuem acesso à educação. Muitos não sabem o que é escola outros não conseguem chegar nem próximo de uma faculdade. A educação é um problema que devemos solucionar! E eu com isso?

Liderança é um problema que devemos solucionar! E eu com isso?

E os empregos? Sete bilhões de pessoas precisam de renda, quer própria ou familiar. Quantos destes vivem na pobreza ou abaixo da linha da pobreza. Há necessidade de possibilitar via empregos o acesso à renda. O desemprego é um problema que devemos solucionar! E eu com isso?
Talvez por isso o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, ao anunciar o nascimento do bebê de número sete bilhão encorajou a comunidade internacional a "trabalhar em solidariedade por um planeta melhor para todos", com intenção de acabar com "as terríveis contradições do mundo", como o fato de existir "muita comida, mas bilhões de pessoas passando fome".
Com razão o Secretário da ONU ao resumir em uma frase que temos que ter coragem para acabar com as contradições do mundo, que são a fome, miséria, educação, saúde, emprego, moradia, democracia, renda e outras tantas.
No entanto, penso que a maior contradição é a que muitos destes 7.000.000.000 estão na terra sem saber por que vieram, apenas para fazer peso e para agravar, se tornaram líderes das maiores potências e esbanjam incapacidade para solução dos problemas da humanidade. Sem razão, Ban Ki-moon, não falta coragem, falta capacidade. Liderança é um problema que devemos solucionar! E eu com isso?
Danica verá um mundo melhor?
Depende da resposta para “e eu com isso?”

Cláudio A Biasi
OAB/RS 35406
Comentários biasi@cabiasi.com.br

COLUNA JOGO RÁPIDO

MAIS UM ESCÂNDALO
Pelo terceiro mês consecutivo voltamos a abordar o mesmo assunto aqui nesse espaço. Trata-se de mais um escândalo que eclode no governo Federal, desta vez no ministério dos Esportes. O noticiado dá conta do desvio de milhões de Reais no programa Segundo Tempo, que visa incentivar a prática esportiva de jovens e crianças de todo o Brasil. A denúncia foi oferecida contra o comandante da pasta, o pseudo comunista Orlando Silva (poderia ser nome de cantor) pela corrupção no seu ministério, que também usava ONGs como laranjas. Isso que estamos em preparação para a Copa do Mundo. Imaginem ainda o que está por vir! Enquanto isso o PCdoB aqui do Estado se arrepia, tendo em vista o projeto da deputada Manuela (“E aí? Beleza?”) de capitanear a Prefeitura de Porto Alegre. Por enquanto o ministro vai se explicando, mas, para quem conhece Dilma, é uma questão de tempo para que Orlando caia. Se a presidente realmente quer seguir com a faxina no Planalto, poderia extinguir alguns dos quase 40 ministérios e também incentivar a tão propalada reforma política, que nunca saiu do papel, afinal, para que precisamos de mais de 30 partidos políticos no Brasil?

AQUECIMENTO INICIAL
Restando menos de um ano para as Eleições Municipais surgem os murmurinhos aqui e ali, em conversas informais e em reuniões partidárias. Por enquanto, em Tapejara a novidade está no aumento de cadeiras do Legislativo Municipal. Das atuais 9 vagas a câmara passará a ter 11 vereadores, o que promete uma disputa mais ampla entre os partidos no município, possibilitando maiores chances aos pequenos de ocupar espaço na Câmara de Vereadores.

AINDA COM CHANCES
O Brasileirão 2011 entra na reta final. O Internacional luta por vaga na Libertadores e ainda possui, embora pequenas, chances de título. Restando menos de 10 rodadas para o final da competição, clubes que possuem plantel, como o Inter, começam a fazer diferença.

CUMPRINDO TABELA
Do lado tricolor o discurso é outro, como se o time apenas cumprisse tabela. Da meta inicial que era de Libertadores, hoje se resume a fugir do rebaixamento e figurar na Sul Americana. Depois do verdadeiro fiasco desse ano, espera-se que 2012 seja ano promissor. O torcedor já não aguenta mais discurso político no Grêmio, quer time e títulos de expressão.

EM TEMPO
Pela primeira vez na história de TV brasileira a poderosa Globo não transmite o Pan Americano. Enquanto a Record, detentora dos direitos de transmissão, fica praticamente 24h ao vivo de Guadalajara, a Plin Plin faz de conta que o Pan não existe. E vem mais por aí, a Record RS adquiriu os diretos de transmissão do Estadual de Futsal Séries Ouro e Prata e promete ajudar os times do interior do RS. Notícia muito positiva, tendo em vista que a RBS praticamente acabou com o futsal no Estado, priorizando apenas os grandes clubes que participam da Liga Nacional.

Rodinei Agostini - Diretor Geral

COLUNA JOGO RÁPIDO

TUDO PODE
Neste Brasilzão de Deus, onde se plantando tudo dá, realmente tudo pode acontecer. Brasília definitivamente é uma ilha isolada do país, pois lá as coisas são e acontecem de modo diferente, na maioria das vezes sem regra e em outras até fora da lei. Um verdadeiro paraíso de concentração econômica (arrecadação) e que distribui de forma injusta os impostos. Digo isto para trazer o exemplo do advogado e ex-ministro Márcio Thomaz Bastos, que, segundo a revista Veja, já indicou à presidência da República seis dos atuais 11 ministros do STF. Segundo a revista: “Márcio Thomaz Bastos participou da escolha de pelo menos seis ministros que julgarão o Mensalão, definiu a estratégia como advogado do caso e continua a influir na composição da corte constitucional”. Sendo assim, muitas vezes, Bastos vê o Supremo julgar frequentemente ações que ele é advogado constituído, ou seja, o advogado é quem escolhe os juízes supremos de seus pleitos profissionais no tribunal máximo.

DILMA EM ALTA
Por outro lado, nossa comandante maior segue em alta no mundo político, desta vez na Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque. Pela primeira vez na história uma mulher abre os discursos na ONU. Dilma exaltou presença feminina, defendeu o Estado Palestino e disse que os países devem se unir para superar a crise. Sendo assim, a presidente confirma o prestígio do Brasil perante as nações de primeiro mundo e também a força do governo que comanda. Por aqui, a presidente segue “limpando” ministérios, desta vez o do Turismo. Lamenta-se que o novo comandante da pasta, mais uma vez, é apadrinhado do eterno coronel José Sarney!

MOMENTO DIFÍCIL
Não anda nada fácil a vida do governador Tarso Genro. Com o Estado sem recursos, estradas precárias e precatórios em atraso, só para citar alguns exemplos, a pressão maior agora vem dos policiais, professores e do setor de saúde. Passados praticamente 9 meses de mandato Tarso pouco conseguiu realizar. Mas o governo petista terá que ser criativo, buscar novos financiamentos e parceiros da iniciativa privada, caso queira progredir. O secretário Beto, por exemplo, se comprometeu com toda a grande região na pavimentação asfáltica. Tarefa nada fácil, que os municípios, por sinal, já aguardam com ansiedade.

E A DUPLA GRE-NAL
Tudo indica que voltamos à vida real no que se refere ao futebol dos times gaúchos. Passada mais da metade do Campeonato Brasileiro o Inter demonstra pouco fôlego para ambicionar o título e deve brigar mesmo por uma vaga no G4 da Libertadores, ainda mais agora que ficará sem Damião por mais de um mês. Do outro lado, depois das vitórias no Gre-Nal e frente ao São Paulo, os gremistas até chegaram a sonhar com uma arrancada semelhante ao ano passado. Porém, depois da derrota em casa para o Botafogo, ficou claro que o Grêmio deve brigar mesmo para fugir do rebaixamento e já projetar um 2012 menos desastroso que esse ano.

PENSE NISSO
“Aquele que for capaz de perder uma corrida sem culpar os outros da sua derrota tem maiores perspectivas de êxito na estrada da vida”.
Anônimo

COLUNA RODINEI

E SEGUE A FAXINA

Se a presidente(a) Dilma conseguir o tempo dirá, mas pelo menos a nossa comandante está tentando dar uma limpada na bagunça da casa deixada por seu antecessor Luiz Inácio. Além de trocar ministros a presidente pretende reformar outras áreas do governo e colocar sangue novo para pulsar, diminuindo a herança viciosa. Que não seja apenas bravata, pois o país necessita, urgentemente, de moralidade. Dilma tem o apoio do povo, já de seus companheiros não se sabe.

SOMOS CÚMPLICES
A toda a hora, em conversas informais ou em manifestações de profissionais da imprensa, acompanhamos críticas ferrenhas (e com razão) aos nossos representantes políticos. Porém, poucos param para pensar que o povo é o grande culpado disso tudo, desde a hora do voto, pois sem o corrompido não haveria o corruptor. Mas o pior do povo brasileiro é a mania do lucro fácil, da vantagem (Lei de Gerson), da boquinha, da vida flauteada. Na verdade o povo brasileiro é raso de valores morais e tem no dinheiro o seu maior valor. Afinal, por que a criminalidade não diminui, se hoje temos oferta de emprego sobrando? Porque tanto o assaltante da esquina quanto o corrupto do gabinete de Brasília padecem de valores morais, de educação. Educação do caráter, além do intelecto. Afinal, como diz a velha máxima, cada povo tem o governo que merece!

CAMPEÃO DE NOVO
Mais uma vez (a segunda no ano) os colorados foram às ruas, com suas bandeiras, em carreata comemorando mais uma conquista, desta vez o Bi da Recopa. Já se tornou rotina para o Internacional dar a volta olímpica, o que prova a competência de sua direção nos últimos 5 anos. O Inter, embalado, pode sim brigar pelo tão sonhado título do Brasileirão deste ano.

BATEU O DESESPERO
Enquanto isso, no outro lado da rivalidade, o sinal de alerta está ligado no tricolor. Derrotas, decepções, um bom pouco de azar e, principalmente, má gestão e incompetência dos administradores do Grêmio. Trocar treinador (3 no ano) e contratar jogador por atacado, já em agosto, só confirma o desespero. Agora, a luta é para fugir do rebaixamento, sendo que nas próximas rodadas só tem pedreira pela frente, começando pelo Gre-Nal de domingo.

ESCLARECIMENTO
Sobre a polêmica charge publicada na última edição, gostaríamos de esclarecer que a mesma foi produzida por Celso Simonetto (como está escrito no Expediente do jornal, a responsabilidade é do autor), e que, segundo ele, não teve foco ou cunho político, apenas o uso da criatividade como possível benefício da população. “Não fiz com maldade, ou cunho político, apenas gosto muito de morar em Tapejara...”, afirmou Celso. A direção do NT ressalta que o jornal mantém sua marca de imparcialidade (credibilidade há mais de 12 anos), não se posiciona politicamente, e busca atender a todos os municípios da grande região, independente de cores partidárias. O jornalismo deve estar acima de qualquer interesse.

EM TEMPO
Encerrando, gostaria de saudar o município pelos 56 Anos de história e progresso, completados no dia 9 de agosto. Também destacar os 49 Anos do STRT, entidade que congrega os interesses dos trabalhadores rurais de Tapejara, através do belo trabalho coordenado pela sua atual presidente.


COLUNA DELMAR

Aumentar o Número de Vereadores? Era Só o Que Faltava!


Achei que este assunto estava morto e enterrado, como a lenga lenga do desarmamento, mas parece que não. Sempre tem gente tentando manipular fantasmas em causa própria; a quem serviria essa desnecessária escalada? Não é preciso dizer, todos nós sabemos. O país vive um momento de turbulência política e financeira e mesmo assim ainda tem gente querendo alargar o rombo por onde escoa o esforço da coletividade batalhadora.
Esses incautos não raciocinam com ponderação pois não se dão conta de quantos milhares de municípios existem no território nacional e, muito menos, param para pensar no aumento enlouquecedor de despesas, absolutamente desnecessárias. Cada novo vereador trás a reboque um bando de assessores, secretários, auxiliares, motoristas, e por aí vai, para ser alimentado pelos seios da Prefeitura, que – confirmo – não vai ganhar nada com isso. Aliás, só terá prejuízo. Certamente vou arranjar uma sarna política para me coçar, mas não deixo de defender um ponto de vista maduro e consciente. Sou diametralmente oposto a esta idéia de aumentar o número de vereadores, deputados estaduais e federais e também criar mais estados e novos municípios na Federação. O Senado nem precisaria existir, aquilo é um asilo de velhos larápios aposentados.
Estão pensando em dividir o Estado do Pará em três partes e o Amazonas noutro tanto. Seis novos coronéis, dezoito senadores, meia dúzia de punhados de deputados, carradas de vereadores, milhões e milhões de funcionários públicos, botar aonde esta gente toda? É de dar alucinações! Uma turma que não tem competência para construir um ginásio de esportes ou um campo de futebol descente em quatro anos, vai encarar uma façanha destas? Não acredito, não acredito mesmo.
As Câmaras de Vereadores têm poucos dias para optarem pelo aumento ou não dos seus pares. Nesta enorme elipse que forma a região com os dois focos principais em Passo Fundo e Erechim, interligando dezenas de municípios onde tudo acontece em sintonia similar, mas não unânime. Às comunidades mais pequenas, com poucos eleitores, o aumento pode trazer dificuldades. Justamente onde as pressões serão mais evidentes, tomando ares de confrontos, mas não conflitos ideológicos e sim fisiológicos. Quem já se considera eleito não vai querer atrair um inimigo para dentro da sua trincheira.
A população vai assistir de camarote as decisões dos seus edis e as justificativas que darão, isto é, por que são a favor, por que não são a favor do aumento do número de colegas. Sinuca de bico é assim, quem é do ramo sabe.
delmardesertao@itake.net.br

SUPER X CAP & EU

Como sempre, fiz um negócio da China, isto é, grande, complicado, demorado e me enrolei todo. Sacramento a total falta de vocação para investir e ganhar dinheiro, não adianta insistir, minha praia não é essa. Vou morrer trabalhando. Certamente sem nenhuma pressa.
Mas fui convencido de fazer a tal poupança X CAP, pouquinha coisa, isto no ano de 2001 representava dez reais, durante 120 meses. E, aí vem a malandragem do “vigário”, concorrer todas as semanas, com quatro dezenas, a um sorteio em dinheiro vivo. E o trouxa aqui não teve dúvidas, todo o mês pagava e paga a mensalidade que agora é de vinte reais e mais uns trocados. Cento e vinte meses são dez anos, DEZ ANOS, sabem lá o que é isso? Claro que nunca fui sorteado, aliás não conheço ninguém que tenha sido, não existe comercial para esta faixa de clientes.
Este mês paguei a parcela de número 111, faltam apenas nove e não vou desistir. Lá em casa brincam comigo por esse “investimento”, mas levamos na esportiva. Já está decidido que esta grana toda será utilizada para o dia em que terei de ajustar as contas com Patrão, só não quero fazer feio. Por isso andei pesquisando o preço dos invólucros mortuários. De cara quase morri de verdade com a tabela de preços, meus dez anos de economia não alcançam este objetivo. Os caras cobram uma exorbitância para despachar qualquer defuntinho barato.
Os modelos acompanham os custos, é lógico, e são inumeráveis as variedades de sarcófagos, se você for rico, ou de caixão, se você for pobre ou ataúde se você for remediado. È mais ou menos parecido como andar de limusine, de chevete ou de kombi, entendeu? A única exigência que faço é que seja zerinho, os opcionais eu dispenso. E não me venham falar em test drive!
Quanto às cores pouco opino, nunca fui muito chegado a estas frescuras, só acho que ser discreto é essencial e mais acessível. Nada de cores metálicas ou perolizadas, frisos nas laterais, alças douradas, revestimento de couro legítimo, computador de bordo e GPS, o caminho é conhecido e são seis os pilotos. Para quê? Ah! E sem ar condicionado de fábrica, com controle remoto, nada disso, os bichinhos vão me comer “on the rocks”.
Acho que vou querer um air bag por precaução. Vamos que na vigília alguém resolva assar uma carne e servir um vinho para animar o velório, sabe como são essas coisas, e a prosa vai aumentando de som e a velocidade das idéias vai se alterando, nisso alguém risca o piso com o fio do facão e ta armado o buchincho. Três ou quatro pelegos se atracam contra três ou quatro melancias e numa dessas derrubam meu caixão e caio de cabeça não chão espatifando o teto solar. Só faltava esta, depois de morto ainda me quebrarem a cara.
demardesertao@itake.net.br

COLUNA JOGO RÁPIDO - RODINEI AGOSTINI

A FAXINA DE DILMA
Ao mesmo tempo que se comemora a “devassa” anunciada pela presidente Dilma no Dnit e Ministério dos Transportes, surpreende a coragem de nossa mandatária em anunciar tais medidas, pois o PR já ameaça com retaliações no apoio ao governo, e o fogo amigo vai se configurando no Planalto. Se bem que se o governo realmente fizer uma limpeza, sobrariam poucos em Brasília. Na verdade, a pasta dos transportes, tanto na esfera Estadual quanto Federal, é muito cobiçada pelos altos valores aplicados em obras, na maioria das vezes superfaturadas, e que servem de caixa 2 para as futuras campanhas eleitorais. Veja-se o caso da comparação de valores nas obras da nova ponte do Guaíba com a ponte construída na China, a maior do mundo. É dinheiro que vai pelo ralo, fruto dos impostos gerados com nosso dinheiro. Talvez a diferença entre tempos passados e atuais reside no fato de que hoje temos maior acesso à informação. E a imprensa, muitas vezes exagerada, acaba fazendo o papel da Justiça, que normalmente se omite diante dos grandes escândalos. Ah, e vem aí a Copa do Mundo no Brasil! Lamentável.

NOVE OU ONZE?
Ainda no aguardo de pronunciamento do TSE confirmando o aumento no número de vereadores e prazo final para mudanças na Câmaras, 46 municípios já aprovaram a criação de novas cadeiras no Legislativo. Tapejara poderá vir a ter o aumento de 2 vereadores, passando de 9 para 11. Não seria interessante realizar um estudo ou consulta com a população antes de aprovar tal medida para saber se o eleitor está de acordo? Também serviria de base para saber se o povo está satisfeito com o trabalho dos vereadores no município.

E DEU CELESTE
Com todos os méritos possíveis, a seleção uruguaia levantou a taça da Copa América pela 15ª vez, sendo a recordista de títulos. Confirmando ser a melhor seleção da América, a surpreendente equipe do Uruguai, país com apenas 3,5 milhões de habitantes, o time de Forlan, Lugano e Suárez curvou os favoritos Brasil e Argentina, esta a anfitriã do evento. Diferentemente da seleção canarinho, a celeste jogou com garra e determinação. Aliás, que jogo foi aquele dos uruguaios com a Argentina! Parabéns aos nossos vizinhos pela conquista e que sirva de exemplo ao nosso “vaidoso” selecionado.

A PROPÓSITO
Ilustrando um pouco mais o primeiro tópico dessa coluna, podemos falar ainda sobre a banalização da injustiça. “São tantas as siglas envolvidas, tantos os escândalos alternados, tanta impunidade acumulada, que o brasileiro perdeu até a capacidade de revolta. Mas não se trata de falta de indignação. Sobra é descrença de que algo realmente possa mudar.” Este trecho de texto foi publicado na coluna Página 10 de ZH (25/07).

EM TEMPO
Parabéns ao Colono e Motorista, classes que produzem e transportam as riquezas de nossa terra. O colono, que com suor semeia e labuta na produção de alimentos. E o motorista, que com sua bravura trilha e leva adiante o caminho do progresso do Brasil.

PENSE NISSO
“Teoria é quando se sabe tudo e nada funciona. Prática é quando tudo funciona e ninguém sabe por que. Nesse recinto, conjugam-se teoria e prática: nada funciona e ninguém sabe por que.”
Dizem estar escrito num cartaz de Repartição Pública em Brasília.

COLUNA JOGO RÁPIDO - RODINEI AGOSTINI

NOSSOS 12 ANOS
Com grande alegria comemoramos 12 Anos de jornal no dia 15 de junho. Acreditamos ter trilhado uma expressiva caminhada ao longo deste período. Inicialmente o grande desafio de implantar, na época 1999, o novo projeto. Depois a persistência de se firmar no mercado local para posteriormente buscar espaço na região. Graças ao apoio de muitos e ao incansável trabalho de todos que por aqui passaram e da equipe que hoje nos acompanha, estamos colhendo os frutos desta grande plantação, que precisou ser cuidada permanentemente para que gerasse resultados. Atualmente nossa abrangência alcança mais de 15 municípios da região norte/nordeste do Estado, com o compromisso jornalístico de levar informação com CREDIBILIDADE e isenção, fundamentos essenciais dos meios de comunicação. Como formadores de opinião, estamos cientes de nossa responsabilidade junto aos fatos que são levados aos mais diferentes municípios. Por fim, agradecemos a parceria com nossos leitores, assinantes e anunciantes nestes 12 anos como meio de comunicação social. Buscaremos aperfeiçoar nosso trabalho cada vez mais, com ÉTICA e responsabilidade social. Obrigado a todos!

DANDO AS CARTAS
Finalmente parece que a presidente(a) Dilma resolveu tomar as rédeas de seu governo. Depois de pedir socorro para o sempre comandante Lula nos desencontros com o PMDB, principal aliado do PT, Dilma, a contragosto do ex-presidente, demitiu Palocci e remodelou a estrutura política de seu governo, o que já era em tempo. Agora resta saber se Dilma manterá em segredo os atos governamentais dos ex-presidentes, como querem Sarney e Collor, e se dará a devida transparência às obras da Copa do Mundo no Brasil. Afinal, todos sabem que a corrupção correrá solta nestas obras grandiloquentes, que irão consumir polpudas quantias de dinheiro público.

INFERNO ASTRAL
Parece ser o momento que a dupla Gre-Nal está vivendo, senão vejamos. Falcão, depois das inúmeras polêmicas internas do Inter (fontes apontam uma guerra política interna), ainda não conseguiu definir a escalação de seu time nestes mais de 60 dias de comando como treinador. Plantel não parece ser o problema do colorado, e sim harmonia no grupo de jogadores e padrão de jogo em campo. Do lado do Grêmio, Renato tem grandes carências de atletas, principalmente no ataque, que hoje inexiste. Mas o mestre do time, Douglas, parece não estar muito interessado em continuar jogando pelo tricolor, ao menos suas atitudes assim deixam transparecer. De nada adianta Renato ficar fazendo seu teatro à beira do gramado (e convenhamos que isso ele faz bem) se o time não tem qualidade dentro das quatro linhas. Seria interessante também se Odone se dedicasse mais ao futebol do clube que preside do que à política(gem?).

A PROPÓSITO
Sobre a confusão no PTB gaúcho, perguntar não ofende: um tapinha não dói?

PENSE NISSO
O que sabemos é uma gota. O que ignoramos é um oceano.
Isaac Newton

A convivência entre espécies!

O que leva uma pessoa a carregar vários sacos de lixo, entulhos, móveis velhos e jogar no barranco da estrada, próximo à cidade? Desculpem a palavra pessoa não parece adequada na frase, melhor se substituísse por “alguém” ou por “Sus-domesticus-sem-consciência-ambiental” ou sem qualquer tipo de consciência. Essa prática é muito comum basta passar pelas saídas das cidades, principalmente as não pavimentadas e se percebe com facilidade que existem muitos desta espécie que estabeleceram como rotina jogar lixo no ambiente dos outros.
O estranho de tudo isso que não é um ato impensado, por impulso em que o lixo escapou das mãos ou caiu do veículo transportador. O poluidor produz o lixo, embala, carrega, escolhe um lugar apropriado por ele e impróprio para toda humanidade e se livra do seu lixo, sem a menor cerimônia. E pela quantidade de sujeira jogada dessa forma não devem agir sozinhos.
Não consigo imaginar alguém olhando para um sofá velho ou colchão e em uma ação nada exemplar pega o objeto e desova em algum canto longe dele sem pensar que naquele canto vivem Homo Sapiens.
Como se não bastasse a falta de respeito, educação, consciência ambiental, ignorância e total carência de senso de convivência, certo é que existem órgãos e ferramentas públicas, empresas e locais disponíveis para promoverem o destino, no mínimo, mais adequado deste lixo. Então isso não serve como desculpa.
Também é imprestável o pretexto que “já havia um monte lá só coloquei mais um pouco”. O monte não deveria estar lá, se está deve diminuir e não crescer.

Os estudiosos poderiam com facilidade comprovar que Sus e Homo são diferentes espécies com hábitos distintos.

Dizer que não sabia o que fazer ou que não sabia que era proibido é desculpa esfarrapada e sem qualquer fundamento, salvo se deficiente auditivo, visual ou morar em outro planeta. Quanto se fala, se gasta, se discute em milhares de campanhas de conscientização. Será que não viu ou ouviu nenhuma delas? Na dúvida procure qualquer órgão ambiental que vão explicar o que fazer.
Penso que jogar lixo no quintal dos outros é claramente a interferência de uma espécie em outra. Se o tema for objeto de pesquisa a conclusão seria que Sus e Homo são diferentes espécies com hábitos distintos, que não estão convivendo bem e isso pode levar a sofrer de forma mais intensa a competição e extinção de uma delas.
O que precisamos mesmo é mudança de cultura para promover a extinção da Sus-domesticus-sem-consciência. Não sabe que espécie e essa? Conhece alguém?
Passe a prestar atenção naqueles que jogam lixo em qualquer lugar.

Cláudio A Biasi - OAB RS 35.406
Comentários biasi@cabiasi.com.br



COLUNA JOGO RÁPIDO

- Rodinei Agostini

O MINISTRO E O POVO
Causa indignação a evolução do patrimônio do atual ministro da Fazenda, Antônio Palocci, que em 4 anos conseguiu a multiplicar em 20 vezes o tamanho de sua fortuna. Os sinais exteriores de riqueza de quem exerce a vida pública não podem ser ignorados, e os ocupantes destes postos devem sim prestar explicações aos cidadãos. Palocci foi pouco convincente na declaração de que o cargo de ministro oferece grandes oportunidades, no seu caso como consultor. O ministro disse ainda, em tom de ameaça, que antecessores seus também enriqueceram depois de passarem pelo governo. Isso não seria uma confissão? E pensar que, novamente, é mais um caso de escândalo não dará em nada. Como diria o antigo humorista, “o povo é um mero detalhe!”

ACISAT EM AÇÃO
Vem fazendo um belo trabalho a atual presidente da Acisat, Roselaine Girardi Roman, com dinamismo e desenvoltura. Na última reunião jantar (17/05) houve palestra com o tema Obtendo Resultados Através das Pessoas e no espaço do associado o empresário Adelírio Danieli falou sobre o Grupo Danieli, dando destaque para o projeto habitacional que irá beneficiar os funcionários (prédios de 4 andares com apartamentos de 60 m2), através do Programa MCMV, com mensalidades de R$ 350 a R$ 400. A propósito, no dia 22/06 a entidade promove jantar baile dos 39 anos da Acisat e 12 anos de Sindilojas. O evento será no Clube Comercial de Tapejara.
COM MÉRITOS
Em mais um Gre-Nal eletrizante, desta vez no Olímpico, o improvável aconteceu e o Internacional bateu o Grêmio nas penalidades, levando a taça do Gauchão 2011. Depois dos 3 x 2 no Beira Rio parecia quase impossível o Inter reverter a situação, ainda mais que aos 15 minutos o Grêmio abriria o placar. Mas aí entrou a mão dos treinadores: de um lado Falcão corrigiu a equipe ao colocar Zé Roberto, que se tornaria o nome do jogo, enquanto Renato continuou com seu time faceiro em campo. Convenhamos que tomar três gols seguidos é demais, isso demonstra a fragilidade do elenco e principalmente do treinador. O torcedor está extremamente decepcionado e não aguenta mais “quase ganhar”, sem falar na flauta dos vermelhos. Está na hora do presidente parar de falar em imortalidade e montar definitivamente uma equipe competitiva, e Renato que pare de inventar. Porém, os colorados não podem se iludir com a conquista, pois o Inter ainda demonstra muita vulnerabilidade.

AQUECIMENTO
Nesse mesmo espaço, há tempos atrás, conjecturamos que um ex-prefeito da região estaria trocando de sigla partidária, o que agora se confirmou em Tapejara. São as movimentações de aquecimento para o pleito do ano que vem.

DIZEM POR AÍ
Que em Tapejara estaria sendo costurado um novo projeto político para as Eleições Municipais do próximo ano. A chamada Terceira Via estaria em plena construção. Só o tempo poderá responder.

FRASE
“O esvaziamento do Legislativo é culpa das omissões, descaso, ausências, farras, gastanças, improbidade, leis absurdas, corporativismo, atos secretos, troca de favores, reajustes abusivos e descrédito dos parlamentares brasileiros”.
Jorge Bengochea, de Porto Alegre


LAMENTAVELMENTE

Este é o advérbio que define com singela eficiência as atitudes que a maioria dos nossos congressistas oferece, na hora de tomar decisões que desemperrem a máquina do poder. A falta de postura e o corporativismo falam muito mais alto do que o respeito ao povo, que paga seus régios salários.
Tomemos o Senado, por exemplo, como modelo de ineficiência. Aliás, repito, esta casa poderia ser dispensada, sem prejuízo algum para a democracia e uma imensa economia para o Erário. Gastou-se quase um milhão e meio de reais na instalação de um sistema eletrônico de cartão ponto para o funcionalismo do Senado. Não sei de quem foi a idéia e muito menos afilhada de quem era a empresa vencedora desta licitação, se é que houve.
Tudo muito bonito, se funcionasse. Os funcionários, muitíssimos bem pagos, diga-se de passagem, não tiveram tempo de inaugurar o cartão e já foram dispensados desta trabalheira “vergonhosa” pelos honoráveis senadores, seus patrões. Diga-me uma coisa Dona Joana, isso não é uma barbaridade? Para que fazer esta palhaçada e botar no lixo milhões de impostos que pagamos religiosamente?
Isso é caso de polícia, se eles não fossem intocáveis.
Para colorir a nossa conversa, é bom lembrar também, que a Câmara Federal - aquela dos tiriricas da vida – não aprovou a lei que acabava por vez com a famosa Lei da Prisão Especial. Por que será? Esta lei fantasmagórica determina uma cela especial para o aprisionamento de “autoridades” e outros bandidos que tenham curso universitário. Atenção OAB: isso não é julgar em causa própria? Claro que é só no Brasil que ela existe e ainda tem gente vendendo palestras pelo mundo afora. Bonito papel!
Já que estamos nos lamentando, aí vai mais um choro. No escurinho do cinema, a turma do dinheiro passou o IOF de 1,5% para 3%. Isto é, apertaram de vez o cartão de crédito, crédito direto e crédito consignado. Tem aposentado que vai para o brejo, sem falar nos viciados em cartões de plástico, com ou sem chips. Tenho a impressão que bateram a minha carteira.
Falando nisso, a troco do quê esse aumento de imposto e preço da gasolina? Gastamos os tubos para alcançar a auto suficiência em petróleo e agora essa. Quem comprou carro a álcool ou com opção de outro combustível, se sente duplamente lesado. Com toda a certeza são os usineiros que estão por trás deste aumento prevalecido. A bancada do agronegócio botou as unhas de fora e encurralou nosso Ministro Mantega.
A OAB, outra vez, pelo menos alguma instituição se mexe, contestou a não aprovação da Lei da Ficha Limpa para esse ano, o que quer dizer, nunca mais. A turma dos Deputados Cascão e Sugismundo saiu vitoriosa com o voto de Minerva que Ministro Luis Fux deu. Lamentavelmente.
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COLUNA JOGO RÁPIDO
Rodinei Agostini

ROMBO NAS CONTAS
Para decepção geral dos gaúchos estoura mais um rombo no governo do Estado. Pois na semana que passou a imprensa do RS noticiou a triste informação do rombo nas contas da Emater. Além de um déficit operacional de R$ 8,5 milhões previsto para 2011, a empresa acumula dívida de R$ 171,7 milhões. Segundo o presidente Lino de David as dívidas engessam as ações de assistência técnica prestadas pela Emater. O presidente alega que foram cortadas despesas, do contrário a situação seria ainda pior. É preciso esclarecer que esta dívida vem do acúmulo de vários governos e cada vez tenda a ficar maior se logo não for estancada a sangria. Fica a interpretação de que onde há governo existe corrupção. Senão vejamos: Daer, Detran, Corsan, CEEE e Emater, sem falar de outras esferas públicas como a Assembleia Legislativa. É no mínimo lamentável e decepcionante o que nossos representantes fazem com o dinheiro público.

SOMOS VULNERÁVEIS
Depois do chocante massacre promovido no RJ pelo jovem Wellington Menezes, que matou 12 adolescentes, muitas foram as definições e interpretações para este episódio. Segundo Martha Medeiros nossa sociedade está cada vez mais vulnerável. “Nunca estivemos tão a mercê de estressados, de desequilibradas. É uma sociedade doente, onde um motorista passa por cima de ciclistas num momento de impaciência, onde um marido espanca sua mulher por ciúme, onde uma mulher abandona um bebê num saco plástico e o joga o rio, onde um avô abusa sexualmente da neta, onde o valor à vida está minguando cada vez mais”. Não se sabe se a causa é a competitividade nos dias atuais, famílias desestruturadas, pelo narcisismo crônico ou tudo isso, mas as cabeças estão cada vez mais alucinadas e isso é caso de saúde pública. Muitas pessoas que sofrem de transtornos internos necessitam de tratamento, além de atenção e cuidado. “Só os que sofrem fazem os outros sofrerem”, encerra a escritora.

DECEPCIONANTE
Para quem esteve em Erechim no último final de semana ficou a sensação de grande decepção por parte dos gremistas no Colosso da Lagoa. Parece que os jogadores do Grêmio estão engessados, para não dizer preguiçosos. O lateral Gabriel deve estar com a cabeça na Grécia, para onde deve voltar em junho. O grande Victor falhou de novo, a zaga fura e o meio marca mal, sem falar da falta que faz um matador no time. Renato demonstra ter perdido a capacidade motivacional de quando chegou. Agora é contra o surpreendente Cruzeiro, na grama sintética que o tricolor tanto rejeitou. Por enquanto a sorte tem ajudado, mas quando o adversário for mais qualificado no nível de Libertadores? Melhorar, e muito, é preciso.

RESSURREIÇÃO
Que nesta Páscoa possamos sentir o verdadeiro sentido da ressurreição de Cristo em nossos corações. Nada contra a Páscoa comercial, mas, nos dias atuais, cada vez mais é preciso fortalecer o espírito cristão dentro de nós, com muito amor, paz e fraternidade.

DIZEM POR AÍ
Que em Tapejara estaria sendo costurado um novo projeto político para as Eleições Municipais do próximo ano. A chamada Terceira Via estaria em plena construção. O tempo vai falar!

PENSE NISSO
É melhor tentar e falhar, que preocupar-se e ver a vida passar.
É melhor tentar, ainda que em vão, que sentar-se fazendo nada até o final.
Eu prefiro na chuva caminhar, que em dias tristes em casa me esconder.
Prefiro ser feliz, embora louco, que em conformidade viver.
Martin Luther King

A copa do mundo é nossa!

E se a copa do mundo fosse aqui? Sim, aqui em nossa cidade? Estamos preparados? As notícias dão conta que as principais obras para a Copa do Mundo no Brasil em 2014 só ficarão prontas em 2017, 2018 (...) 2020. Chega assustar e nos coloca no lugar da África para ouvir as críticas àquele país, quando sediou o evento. O que vem sendo demonstrado é que o Brasil não está preparado e quase certo que não estará para receber o evento. Claro que a culpa é do governo.
No entanto, a preocupação é que se somos parte do Brasil, nós estamos preparados? Lembro da pergunta inicial: se a copa for aqui, o que está feito e o que falta fazer?Penso que como pequena célula de um grande país estamos no mesmo patamar. Sem qualquer possibilidade de receber bem os visitantes. Nossa estrutura não é acolhedora.
Certo que a copa é para grandes centros, então vamos fazer o caminho inverso: partindo da nossa rua até o estádio que sediará a final dos jogos. Nossa rua está em um padrão mínimo de trafegabilidade? No seu bairro é possível caminhar por uma calçada por cinqüenta metros sem cair em um buraco, tropeçar em uma placa de publicidade ou precisar andar no meio da rua?

Parece trágico, no entanto, se trata de uma leitura real do que esta sendo apresentado. Certo que a culpa é do governo.

Saindo do bairro você enfrenta com facilidade o trânsito? As principais avenidas são largas, sinalizadas, que possibilitam um deslocamento até sair da cidade? Não há caminhões pesados, ônibus, pedestres ou algum objeto estranho atrapalhando? Se a repostas forem sim estamos preparados. Se não...
Saindo da cidade em alguns acessos você encontrará estradas sem pavimentação e outras pavimentadas. Não é necessário comentar as condições destes caminhos. É público e notório que não apresentam um padrão de qualidade necessárias para seus objetivos.
Se continuarmos assim será até nosso objetivo final. Alertamos ainda a presença de alguns pedágios, trechos interrompidos por desmoronamentos de encostas, pontes caídas e se conseguir chegar a um aeroporto estará lotado com vôos atrasados e cancelados.
Parece trágico, no entanto, se trata de uma leitura real do que esta sendo apresentado. Certo que a culpa é do governo.
Tem um detalhe, que a copa não poderemos adiar, deixar, por exemplo, para 2.018. Temos que obedecer ao calendário e vai acontecer. O que também é certo que até a copa e depois dela também continuaremos residentes em nossas cidades.
Ela estará melhor preparada?
Se não, a culpa não é só do governo.

Cláudio A Biasi
OAB/RS 35.406
Comentários biasi@cabiasi.com.br

Meio paradão nosso gaúcho Governador

Delmar de Sertão

Nestes primeiros noventa dias nosso amigo ainda não conseguiu se livrar do assédio partidário e dos correligionários coligados. E ele preza muito mais a política do que a administração pública. Não é hora de fazer críticas mas é muito fácil notar que acontece isso mesmo. Para alguém envolvido intelectualmente com dogmas partidários, encarar o feijão com arroz apimentado pelos problemas do dia a dia da máquina estadual, é um exercício desgastante.
Quem, como ele, acredita piamente em socialismo e namora formalmente com a democracia, torna-se complicado o gerenciamento do Estado. Socialismo é azeite, democracia é água. Esta, aceita qualquer mistura, até veneno, menos óleo; aquele, exige compatibilidade de estilo e exige reciprocidade. Para um intelectual o dilema é um achado, embora a experiência demonstre que alguns elos deverão ser partidos em nome da governabilidade. Socialismo não é forma de governo, nunca deu certo, a história está na nossa frente, o sonho acabou, embora seja desagradável dizer.
Infelizmente, para os escolhidos, Dr. Tarso terá de arremangar a camisa e partir para o confronto democrático com seus governados. O Rio Grande está andando em marcha lenta enquanto não se acomodam os interesses duvidosos da classe política. Isto não é bom sinal. Seus assistentes mais próximos e confiáveis emperram a locomotiva gaúcha, tentando acordos sem objetividade, complicando ao invés de facilitar o andamento da ordem pública.
Dentre os muitos abacaxis que esperam para serem descascados o magistério é um deles, e, não é pequeno. Isso que o Governador pode contar com a simpatia do Sindicato pelo seu partido imagina se fosse oposição e essa mulherada toda ficasse zoando nos seus ouvidos! No passado quase enlouqueceram os governadores Jair e Simon. Falando em passado, até hoje as reivindicações são as mesmas, não é chegada a hora de por um ponto final nessa ladainha? Que sirva esta façanha de modelo a toda Terra.
Além de que, nossa criançada está precisando de um choque de educação, bem como de boa educação. Em menos de um ano escolar todo aluno precisa saber ler, escrever e fazer operações básicas com números – este é o objetivo e a meta que DEVE ser alcançada. Dispensa-se qualquer outro assunto, inclusive patriotadas, apenas estes três, três ou quatro horas por dia, sem trégua e cobrança incessante. Punição não é castigo, é remédio, e o bom senso aconselha corrigir o vadio pequeno, para não ser um grande vadio no futuro. Piaget que me perdoe.
Um dos problemas que empaca a trajetória do andor estadual é a mania já quase atávica dos governos do Partido dos Trabalhadores de formar comissões, seminários, encontros, reuniões, para resolver qualquer coisinha. Se o cara tem um cargo de confiança, deixe-o resolver sozinho, decidir e agir de imediato, afinal é ou não é de confiança? Meia dúzia de administradores do PT para combinarem um churrasquinho no fim do expediente, precisam antes, de duas ou três reuniões para combinarem qual parte da companheira vaca será assada. É brincadeira!
delmardesertao@itake.net.br



Para ler em 2063 ou pouco antes!

Cláudio A Biasi

Voltou para as rodas de conversas, jornais, rádios e televisão o alagamento no centro da cidade de Tapejara. O estranho é que todos têm uma solução que vai desde a absurda idéia de parcelar a quantidade de chuvas em vários dias e outras efetivamente concretas com pequenas ou grandes obras. É a sabedoria popular em ação apresentando respostas e saídas para o problema.
A principal idéia é a de achar uma saída para água que chega até o ponto do alagamento. São tantos os palpites que podemos chamar de uma enxurrada de propostas, desculpem a metáfora, mas é necessário. Dizem para fazer buracos para lá, valos pra cá, tubulação, quebrar isso e aquilo, derrubar, reconstruir e abrir novas saídas.
Em resumo diz o povo que para secar um barril necessário abrir a torneira e que quanto maior o buraco mais rápido é a drenagem.
Outros dizem que toda chuva que cai em um extenso raio ao redor do centro desce, pela lei irrevogável da gravidade, para o centro. Dizem que há necessidade de pequenas interferências para que a água não venha mais parar aqui no ponto crítico. Disse-me um senhor que no dia de chuva se colocar um barco de papel lá próximo à Escola Severino Dalzotto ele vem parar, trazido pelos afluentes, no centro, ou seja, flagrante a necessidade de desviar as águas pluviais das ruas do Comércio, Julio de Castilhos e Independência não venham inundar a avenida Sete de Setembro.
Então a sabedoria popular diz: para o balde não vazar, melhor parar de enchê-lo. Nossa o povo sabe o que diz!
No campo das idéias para solução definitiva tem os que acham que não precisaria fazer nada. Dificilmente teremos alguma vítima fatal e os prejuízos não passaram de perdas materiais. Não é bem assim, basta pedir para quem sofre os prejuízos e transtornos.
Ainda alguns pensam nas pequenas ações como captar água das construções, reaproveitar as águas das chuvas, limpar as bocas de lobo, não colocar lixo nos rios, enfim cada um fazendo a sua parte. É a sabedoria popular de novo: se cada um fazer um pouquinho, corresponderá em muito lá na frente.
Certo é que a solução definitiva existe e é simples basta aumentar a vazão e diminuir a invasão. Mãos à obra.
No entanto estamos apontando a solução de um ponto e deixando criar dezenas deles. Para concluir isso não precisa ser expert no assunto pegue um guarda-chuva e saia caminhar seguindo os leitos dos rios que cortam nossa cidade. Preste atenção nos pontos mais baixos, nas construções, nos traçados de ruas. Estamos repetindo agora nestes locais o que foi feito no centro há cinquenta anos! Com um agravante: naquela época não sabiam o que iria acontecer, agora sabemos.
E a sabedoria popular já diz: é melhor prevenir que... todos sabem o que fazer.
Então para evitar, precisamos planejar aumentando a possibilidade de vazão destes rios, respeitando seu leito, planejar as construções, estudar melhor novos loteamentos, prevendo onde vai parar as águas pluviais e se não se trata de um novo ponto de futuro alagamentos.
Certo é que vai alagar e vamos ter que solucionar.
Não acredita? Guarde este artigo e leia em 2.063, ou um pouco antes, se Tapejara e a quantidade de chuvas continuarem a crescerem com esta disposição.

Comentários biasi@cabiasi.com.br



Cabo de guerra federativo

Vilmar Perin Zanchin, Presidente da FAMURS e Prefeito de Marau

Nosso Pacto Federativo – sistema que define a divisão de poder e recursos públicos – lembra um jogo de cabo de guerra em que um dos lados está em evidente desvantagem. Por essa analogia, numa extremidade estão forças concentradas de maneira desmedida em instâncias superiores, especialmente na União. Noutra ponta estão as comunidades, prejudicadas com repasses desproporcionais às suas atribuições.
Não bastasse a situação já consolidada, há sinais de que essa deformidade reste ainda mais gritante. Isso ocorrerá em função do corte, recentemente anunciado pelo governo federal, de R$ 50 bilhões no Orçamento da União. Embora possa ter justificativas conjunturais, a decisão respinga direta – e novamente – no lado mais fraco da equação: os Municípios. E, por consequência, gera reflexos perniciosos à própria população. Afinal, é ali que se dá a vida das pessoas.
Um dos programas mais afetados com a medida será o “Minha Casa, Minha Vida”, que perderá R$ 5 bilhões dos R$ 12,7 bilhões previstos para 2011. Com isso, a Caixa Econômica Federal tende a burocratizar ainda mais o andamento de projetos de infraestrutura em loteamentos – os quais, a propósito, sempre sofreram de morosidade na liberação de verbas. As exigências feitas à municipalidade ficarão mais excessivas do que hoje.
Ainda há outro aspecto essencial do corte que vai afetar diretamente as comunidades. Refiro-me à poda de R$ 18 bilhões nos investimentos previstos em emendas parlamentares. Por óbvio, essa ferramenta do Congresso não é – e nem pode ser – a solução para todos os problemas da nação. Mas faz a diferença para muitos Municípios, sobretudo os menores. E é preciso lembrar que os orçamentos municipais foram elaborados com base nessa previsão. Então, um contingenciamento de recursos de tal monta desorganiza completamente as finanças locais.
Esse contexto reforça a constatação de que a Federação brasileira organiza-se de cima para baixo, do maior para o menor, do mais complexo para o mais simples. Ou seja: as instâncias comunitárias não desempenham um papel compatível com a importância que possuem na vida social. O País precisa cristalizar a consciência de que o Município é o ente mais próximo do cidadão – e que, justamente por isso, deve receber instrumentos para protagonizar os esforços em favor do desenvolvimento. A disputa nesse cabo de guerra precisa acabar. E logo.