sexta-feira, 12 de abril de 2013

Crise: LBR demite 40 em Tapejara e comunica fechamento de unidades

A notícia do término parcial das atividades em três unidades da empresa LBR, fabricante dos produtos Bom Gosto, desde a segunda-feira, 1º de abril, chegou por meio de um comunicado oficial à imprensa, no entanto, segundo o Sindicato dos Trabalhadores de Indústrias da Alimentação de Erechim e Gaurama, os funcionários foram pegos de surpresa pela desanimadora informação de que, a partir daquele momento, estariam desempregados.

As estações de Gaurama (RS) e São José dos Cedro (SC) tiveram suas operações produtivas descontinuadas, de acordo com a nota divulgada pela assessoria de comunicação da empresa. Contudo, devem continuar funcionando como Postos de Resfriamento, que enviarão leite cru às regiões Sul e Sudeste do país. Já em relação à unidade de Fazenda Vilanova (RS), 84 funcionários foram demitidos em função de uma diminuição da produção na unidade.

O fechamento das unidades se deve a uma chamada recuperação judicial motivada por um financiamento feito há dois anos que não foi pago ao BNDES. O banco teria buscado os recursos aplicados na empresa quando a mesma adquiriu os direitos da antiga Corlac, na época, uma demissão em massa também gerou polêmica no setor.

Em Tapejara, a indústria anunciou 40 demissões, como parte do plano de reestruturação. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação (STIA), Celso Martins, o anúncio feito na quinta-feira (28) e surpreendeu trabalhadores e sindicalistas. "Repudiamos veementemente as demissões, até porque foi feita a promessa da manutenção dos postos de trabalho. No entanto, o Sindicato está atento a todos os detalhes na rescisão de contratos, até porque esta empresa recebe incentivo do BNDES, dinheiro público", alerta o presidente Celso.

De acordo com o sindicalista, todos os direitos dos trabalhadores demitidos estão garantidos. A empresa se propôs em quitar os valores em seis pagamentos. "A decisão em aceitar ou não cabe a cada trabalhador. O Sindicato é favorável ao bom senso nas negociações desde que os direitos dos funcionários não sejam feridos", disse. Diante disso, o STIA propôs, em contrapartida, que o vale alimentação de R$ 100,00 e o plano de saúde destes funcionários continuem ativos até o final dos seis meses, prazo estipulado para término dos pagamentos.

Qualquer trabalhador demitido, que tiver alguma dúvida, pode procurar o Sindicato na Av. 7 de Setembro, 949, ou pelo telefone 3344 2422

O Sindicato deixa claro que está apenas intermediando essa negociação, mas a vontade dos trabalhadores prevalecerá.

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