sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Tapejara entra na Campanha Crack Nem Pensar
O LEO Clube de Tapejara em parceria com a Prefeitura Municipal de Tapejara promoveram, na sexta-feira, 20/11, palestra com o representante da CUFA (Central Única de Favelas) e repórter da RBS TV, Manoel Soares, sobre a campanha Estadual, Crack Nem Pensar, voltada para a prevenção ao uso de crack, principalmente entre os jovens de classes mais baixas.
A palestra foi ministrada para estudantes e comunidade. A dinâmica do apresentador e maneira de expor um assunto tão sério prendeu a atenção do público, Manoel explicou de forma simples e de entendimento fácil, aspectos relacionados ao vício, como funcionamento do organismo sob efeito do crack além de mostrar episódios da sua série de reportagens, com depoimentos de viciados que aconselham os jovens a não experimentar a droga que vicia desde a primeira pedra.
O Crack já está sendo considerado uma pandemia social, pois segundo os dados apresentados por Manoel, apenas no Estado, por ano são consumidos cerca de 2,4 toneladas da droga, esse é um dado alarmante e preocupante pois além dos efeitos físicos a droga está associada também a diversos crimes, pois as pessoas que o experimentam sentem uma compulsão (desejo incontrolável) de usá-lo de novo, estabelecendo rapidamente uma dependência física, pois querem manter o organismo em ritmo acelerado. Para conseguir, então, sustentar esse vício, as pessoas começam a usar qualquer método para comprá-lo. Submetidas às pressões do traficante e do próprio vício, partem para o tráfico de drogas, aliciamento de novas pessoas para o vício, roubos, assaltos e prostituição infantil. O baixo custo da pedra – em torno de R$ 5 – revela-se ilusório. Empurrado para o precipício da fissura, o dependente precisa fumar 20, 30 vezes por dia.
Estudiosos asseguram que "todo usuário de crack é um candidato à morte", porque ele pode provocar lesões cerebrais irreversíveis por causa de sua concentração no sistema nervoso central.
A recente aprovação do aumento de pena para tráfico de crack pelo Senado, a lei determina como pena para o crime de tráfico reclusão de cinco a 15 anos e pagamento de R$ 500 a 1,2 mil por dia. Se o projeto de lei for sancionado, a pena pode ser acrescida de dois terços ou até o dobro, a proposta do senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS) será encaminhada para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
Segundo informações obtidas com a Polícia Civil, o tráfico do crack é difícil de controlar, pois há alguns anos os traficantes não eram consumidores, agora não há essa divisão, e a Lei pune ao consumidor com penas severas, apenas com pagamento de fiança ou serviços sociais, o fato aliado aos traficantes andarem com pouca quantidade de droga dificulta a punição, ainda as denúncias anônimas são as que ajudam o trabalho da polícia.
Na palestra da noite, com presença do prefeito municipal Seger Luiz Menegaz e de outras autoridades, Manoel Soares aproveitou para explicar aos presentes como o crack chega às camadas mais pobres da sociedade e porque essas pessoas acabam se rendendo ao vício mostrou em vídeos e imagens o efeito devastador da droga que afeta as pessoas de maneira física e psicológica e exigiu das autoridades presentes uma resolução para o problema.
Em Tapejara no início deste ano várias entidades propuseram projetos para efetivar campanhas e ações para prevenir o uso de drogas pelos jovens, principalmente em áreas consideradas de risco, onde a propensão ao consumo é maior, no entanto, não foram colocados em prática, um dos projetos de iniciativa Municipal que convém citar é o Projeto Segundo Tempo, que disponibiliza atividades em turno extra para os alunos da rede municipal, que atende cerca de 1.500 crianças. Porém falta ainda para os adolescentes e que as demais camadas da sociedade se mobilizar a exemplo desse evento oportunamente organizado pela entidade com apoio do poder público.
Foto: Divulgação/ Janine de Oliveira
Legenda: Manoel e organizadores do evento; Explicações práticas abordadas pelo palestrante foram ponto alto do evento
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