sexta-feira, 21 de junho de 2013

Junho é o mês dos santos populares

O mês de junho é dominado pelo clima de festa e devoção que contagia o povo brasileiro. Apesar de serem caracterizados por manifestações de cultura popular, esses festejos apresentam um forte caráter religioso, nos quais as pessoas renovam a fé nos santos populares, como São João, Santo Antônio, São Pedro, a quem recorrem por fartura na mesa e boa produção na lavoura.

Esta é a origem das festas juninas que acontecem em todo o mundo e chegaram ao Brasil através dos colonizadores portugueses. Foi graças a essas celebrações que alguns santos passaram a ser cultuados no Brasil e em cada região ganharam crendices e atribuições distintas, que vão desde fazer chover até arranjar casamentos.

Pedro foi apóstolo de Jesus e o primeiro Papa da Igreja Católica. Nas imagens que o retratam, ele aparece carregando uma chave que abre a porta para o Reino dos Céus. Antigamente, os agricultores do sertão recorriam a ele para pedir chuva e assim molhar a terra e garantir a fertilidade do solo.

Os santos, para a Igreja Católica, são modelos a serem seguidos pela comunidade, por suas histórias de devoção e dedicação aos planos de Deus. João Batista, por exemplo, era primo de Jesus e foi ele quem o batizou nas águas do Rio Jordão. Dedicou a sua vida a pregação da palavra de Deus.

O dia 24 de Junho é dedicado a São João. A data foi criada com base no Natal, quando se celebra o nascimento de Jesus. Quando visitou a sua prima, Izabel, Maria estava grávida de três meses. Logo, se uma gestação dura nove meses, e celebramos o Natal no dia 25 de dezembro, então o terceiro mês de gestação de Maria completou em junho.




Origens
As festas de São João deram origem ao nome de festas juninas. No Brasil, principalmente na região Nordeste, os camponeses pediam à São João colheita farta, por isso no dia 24 faziam festa para agradecer e homenagear o santo.

É por isso que durante as festas juninas predominam as comidas típicas feitas com alimentos da terra, como milho, por exemplo.

As fogueiras juninas fazem parte da antiga tradição pagã de celebrar o solstício de verão. Assim como a cristianização da árvore pagã "sempre verde", que se tornou a famosa árvore de natal, a fogueira tornou-se, pouco a pouco, na Idade Média, um atributo da festa de São João. Uma lenda católica cristianizando a fogueira pagã afirma que o antigo costume é um acordo feito pelas primas Maria e Isabel. Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e, assim ter seu auxílio após o parto, Isabel teria de acender uma fogueira sobre um monte.

Como as festas de devoção aos santos populares tendiam a reunir a família dos agricultores, era comum celebrar casamentos nestes festejos. Contudo, isso nada tem a ver com a fama de casamenteiro que Santo Antônio adquiriu ao longo dos anos.

"No geral, predomina a história de uma moça que não conseguia casar e jogou a imagem do santo pela janela. A imagem atingiu a cabeça de um rapaz e eles acabaram casando.

A crendice predomina até hoje, embora a história do santo seja amplamente conhecida. Santo Antônio é celebrado no dia 13 de junho, dia em que ele morreu. Por ter se dedicado ao trabalho com os mais pobres, tornou-se um santo muito popular.

A aposentada Maria Inês Rodrigues (72), conta que desde criança é devota de Santo Antônio, a exemplo de seus pais. "Eu aprendi, desde cedo, pedir graças ao santo. Só mais tarde que fui conhecer a história que todos contam de que ele é o santo casamenteiro", diz. Mas garante que não pediu um marido ao santo. "Não foi necessário, me casei muito cedo", responde.

Maria Inês cultua uma imagem de Santo Antônio em casa, ao lado de outros santos pelos quais confessa admiração. "Gosto de todos que estão no meu altar, mas quando a situação aperta me dirijo ao Santo Antônio", frisa. Ela não lembra de nenhum milagre grande atribuído ao santo, mas conta que todos os pequenos pedidos do dia a dia são atendidos.

Porque os evangélicos não adoram imagens e os santos da Igreja Católica

Um dos motivos que causam divergência entre católicos e evangélicos é o culto aos santos, enquanto católicos praticam este culto com regularidade o mesmo não acontece entre os evangélicos. Mas porque os evangélicos não prestam o culto ou a adoração a Maria ou santos canonizados pela igreja católica?


O que é santo?
Primeiro temos que entender bem o que significa a palavra "santo" no cristianismo. Segundo definição bíblica, santo é todo aquele que é separado para Deus e ocorre com qualquer pessoa que é nascido de Deus. Não tem a ver com pessoas especiais escolhidas pela igreja para ser santo, mas sim de pessoas que pela fé entregaram suas vidas a Jesus Cristo e creem na sua obra redentora no calvário como única e suficiente para a nossa redenção.

Em resumo é possível dizer que qualquer pessoa que quer ir para o céu precisará ser santo, mas isto não ocorrerá por seus méritos ou feitos e sim pelos méritos de Jesus.



Porque os evangélicos não adoram os santos? Três razões:


Os santos não podem interceder
Boa parte dos santos que a igreja católica canonizou ou elevaram à condição de santos são pessoas que no passado creram em Jesus Cristo como nós cremos. Alguns tiveram o privilégio de estar com Cristo aqui na terra, mas assim como nós eles também aguardam em Cristo a esperança da salvação. Isto é, eles não podem interceder por nós junto a Deus.


Jesus é o único intercessor
O apóstolo Paulo escrevendo a Timóteo na segunda carta afirma: Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem. (Almeida Revista e Atualizada). Logo, qualquer tentativa de colocar outra pessoa para interceder por nós junto a Deus indica a princípio uma perda de tempo e uma falta de confiança na pessoa de Jesus Cristo e na sua intercessão junto a Deus.


A idolatria
Idolatria é tudo aquilo que colocamos no lugar de Deus. Se Jesus é o único mediador (intercessor) por nós junto a Deus, então dobrar os joelhos diante de uma imagem de um santo ou pedir mentalmente que ele interceda por nós junto a Deus é colocar este santo no lugar de Jesus e Jesus é Deus!

Nas religiões orientais, especialmente é comum eles adorarem animais, alguns povos antigos adoravam o sol, a lua, as montanhas e por aí vai. Tudo isso é idolatria, pois tenta colocar uma pessoa, animal, objeto ou qualquer outra o lugar que pertence apenas a Deus, sendo que a Bíblia é muito clara quanto a isso: Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira. Apocalipse 22:15


Conclusão
Os evangélicos entendem que Maria, Paulo, Pedro, João, entre outros são santos e são santos porque foram nascidos de Deus pela fé em Jesus Cristo. Cremos que os seus exemplos precisam ser seguidos, que suas palavras precisam ser ouvidas e que assim como nós eles estarão na glória eterna que Deus preparou a todos que pela fé creem na obra redentora de Jesus Cristo e entrega sua vida à aquele que é o único mediador entre Deus e os homens.



Celso Martins

Pastor da 2ª IEQ
 
 
 

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