quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Entrevista com Gilberto Scariot, diretor do IABRBT
Gilberto Scariot, diretor do Instituto Anglicano Barão do Rio Branco de Tapejara, concedeu entrevista ao NT avaliando o ensino nas diversas especificidades e falou sobre projetos da instituição. Confira na íntegra.
Novo Tempo - Como o diretor avalia o ano de 2009 na área do ensino?
Gilberto Scariot - Para responder esta pergunta, manter-me-ei restrito aos projetos de nossa instituição. Podemos dizer que nesta primeira etapa do ano tivemos excelentes resultados em todos os aspectos, sendo que conseguimos consolidar nosso Instituto como uma instituição de ensino de excelência em qualidade de ensino em todas as áreas.
Esta consolidação se dá por vários aspectos, primeiramente, porque temos em nosso quadro de alunos, na sua grande maioria, estudantes que se identificam com a filosofia da instituição, que é a de empenhar-se no processo ensino aprendizagem, dentro de um ambiente disciplinado e propício ao aprendizado, resultando numa formação de indivíduos detentores do conhecimento e acima de tudo críticos que buscam a humanização dos homens e atuem como agentes ativos no processo da evolução social.
NT: Quais os principais projetos do Barão para o segundo semestre?
GS: Com referencia a Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, neste segundo semestre, daremos continuidade aos projetos que vem sendo desenvolvidos, que abordam a importância do cuidado com o meio ambiente, bem como, os benefícios que a reciclagem pode trazer aos indivíduos, para criação de uma consciência que promova uma sociedade sustentável.
O Barão do Rio Branco buscará promover a participação dos pais em atividades desenvolvidas na escola, enaltecendo com isso, a integração de toda a comunidade escolar.
Também esta sendo desenvolvido um programa de viagens de estudos com os alunos da 4ª a 8ª séries, aonde, cada turma seguirá um roteiro que é a extensão das atividades escolares, visando proporcionar a interação direta da teoria abordada em sala de aula, para assim ampliar seu conhecimento através da visualização e contato com a realidade.
Além dos demais projetos, queremos ainda, citar um dos mais eficazes, que tem como objetivo incentivar o desenvolvimento intelectual dos alunos, através do III concurso de poemas, que será realizado dia 27 de outubro, o qual desde já, aproveitamos para convidar toda a comunidade para participar.
NT: Sobre curso superior do Barão, pós – graduação e Enem?
GS: A Instituição tem investindo muito na Instalação do Curso Superior presencial em Tapejara, através da criação da FAT – Faculdade Anglicana de Tapejara, que já implantou seu primeiro curso de Administração, onde obtivemos um bom respaldo na realização dos dois primeiros vestibulares e agora nos preparamos para a realização do terceiro vestibular do Curso de Administração no mês de dezembro deste ano.
Estão também, em pleno andamento, os cursos pós-médio, com a realização do Curso de Técnico em Segurança do Trabalho, que vem desenvolvendo diversos projetos de capacitação proporcionando aos alunos a obtenção de um excelente aprendizado, proporcionando um diferencial na formação do futuro profissional.
Estamos avaliando a realidade regional para o lançamento dos próximos Cursos de Graduação e também de cursos técnicos profissionalizantes.
NT: Sua avaliação sobre o ensino, atualmente, no Brasil?
GS: Esta questão é muito delicada, pois estamos vivendo um tempo que jamais foi vivido por nenhuma geração até agora. Estamos numa era em que as pessoas têm liberdade e coragem para pensar, também, a partir do ano de 1988, estamos vivendo sob a égide de uma Constituição que instituiu o Estado Democrático de Direito, que na sua benevolência, trouxe grandes desafios para a sociedade atual, pois, ao garantir os direitos individuais de cada cidadão, a Carta Magna, manteve-se muito discreta na questão dos deveres, preservando o individuo de alguma imposição por parte do Estado, o que exigiu de certo modo a colaboração de todos para com os deveres coletivos de forma espontânea e não coercitiva.
Este fator teve uma influência muito forte no processo ensino aprendizagem, pois de certo modo inverteu os poderes dentro da sala de aula, onde chega a acontecer casos em que professores vem-se reféns de crianças e adolescentes dotados de poderes (direitos), exigindo do mestre um esforço sob humano para ministrar sua aula.
Além de muitos outros fatores que percebo é a desvalorização de uma boa formação, são baixos os índices de jovens que vem na formação acadêmica uma alavanca para o sucesso.
NT: Qual o verdadeiro papel da escola na sociedade?
GS: Bem, avaliando esta intrigante questão, percebemos que a escola, como toda instituição social, sempre foi objeto de inúmeras pesquisas. Desde sua origem até os dias atuais busca-se conhecer a importância de tal instituição para a sociedade, uma vez que esta influencia e interfere na formação dos indivíduos que nela permanecem (concluem sua escolarização) ou que por ela passam (desistem).
Em nossos dias, é indispensável e quase obrigatória alguma escolarização para a inserção no mercado de trabalho. Neste mercado apenas sobrevivem aqueles que conseguem se adaptar bem às suas regras, em minha opinião, a escola brasileira, persegue demasiadamente este objetivo.
O verdadeiro e sagrado dever da escola esta muito além da simples preparação dos indivíduos para um mercado o para ou sucesso profissional e financeiro, não que isso não seja importante, mas isso é o mínimo que as instituições de ensino podem oferecer. A escola deve repassar, construir, formar o conhecimento, ou ainda qualquer outro conceito a respeito, mas acima de tudo a escola tem o dever de formar indivíduos críticos diante da sociedade que estão inseridos ou na comunidade global, tornando-se agentes inovadores que buscam a satisfação não somente no ter (consumo), mas acima de tudo no ser, fortalecendo as fileiras daqueles que procuram melhorar o mundo a cada atitude, a cada oportunidade, sem esmorecer-se, não tendo dúvidas do que é bom para o meio em que vivem.
NT: Sua mensagem aos leitores do NT, que completou 10 anos em 2009?
GS: Temos sempre em nossas relações (Instituição e NT) o condão de objetivar nossas atitudes em proporcionar sempre resultados benéficos a nossa sociedade, nesta década de existência deste jornal, queremos renovar nossa parceria no propósito de sermos juntos colaboradores no processo de evolução de nosso meio.
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