Neste 25 de julho, esses profissionais vão comemorar todo o reconhecimento que conquistaram.

Tanto grandes produtores ou pequenos ambos tem em si um sentimento de dever com o crescimento e garantir o sustento e o alimento para todos, como foi possível perceber na propriedade de Jandir Posser, em São Brás, interior de Tapejara. A história de vida deste agricultor retrata bem a realidade do meio rural brasileiro. Cada dia há menos habitantes nas zonas rurais e os que lá persistem muitas vezes já estão idosos.
O casal é destaque em sua comunidade, ele é tesoureiro da Cooperativa de Pequenos Agricultores, que fornece produtos para a merenda escolar, ela é Líder das Mulheres Agricultoras. E foi possível constatar em seus relatos a importância que têm projetos que possibilitem novas oportunidades e que deem aos agricultores mais opções de tornar a propriedade rentável.
Jandir e Ivanilde vendem seus produtos na Feira do Produtor que acontece todos os sábados de manhã no pátio do STRT, a feira existe há 04 anos idealizada pela secretária Executiva da entidade, Jussara de Mello, e conta atualmente com aproximadamente 20 pequenos produtores que trazem seus produtos para serem vendidos na cidade, como citou Jandir, “direto das mãos do produtor, o que traz benefícios para quem compra e quem vende”.
Um ponto importante que convém destacar é a importância da mulher no meio rural, no passado a mulher tinha como função cuidar da casa e dos filhos, mas com o passar dos anos e a revolução feminina tudo mudou. Elas conquistaram direito a voto, educação, emprego e renda. Foram aos poucos chegando a locais onde o homem era quem mandava. E não é apenas nas grandes cidades que isso acontece. No meio rural as mulheres mostram que também podem produzir e tirar da terra o sustento da família e lutam por condições melhores, como destacou Jandir, “ela sempre foi meu braço direito e é muito importante a ajuda dela no cotidiano”. O casal tem três filhos, todos estudando em grandes centros urbanos e se orgulham em afirmar que no campo conseguiram dar condições melhores para que eles pudessem estudar.

Ressaltou ainda a importância de seguir acreditando e investindo na agricultura, “vivemos em um país com sérios problemas de infraestrutura e logística e em um universo amplo e competitivo, da globalização, portanto precisamos aumentar nossa competitividade, como na nossa região, não existem mais novas áreas para aumentar a produção, isso só é possível utilizando tecnologia e genética de ponta, para que possamos produzir mais, e com maior qualidade, nas áreas que dispomos”, explicou Cláudio.
Para ele agricultores e motoristas, são heróis anônimos, sem nome, sem medalhas e com muito pouco reconhecimento, principalmente por parte dos governantes, ”apesar de terem usado a agricultura para sustentar seus vários planos econômicos, jamais definiram uma política agrícola que reconheça a o verdadeiro valor do nosso trabalho, mas apesar de tudo, sabemos do nosso valor e devemos nos orgulhar muito, não só nesta data, mas todos os dias, afinal há milhões de brasileiros que dependem do nosso trabalho, e só assim com ânimo renovado todos os dias e com a cabeça erguida conseguiremos forças para atingir nossos objetivos. Nós da Sementes Beé, parabenizamos todos os agricultores e motoristas, nos orgulhamos em dar nossa parcela de contribuição, no processo fornecendo sementes com genética avançada, que ajuda a aumentar a produção, e consequentemente, mais frete para os motoristas”.
A estrada como companheira
Condições adversas também existem para estes profissionais e o zelo é redobrado. Estradas ruins, fenômenos climáticos, o tipo de carga, tudo influencia no trafegar.
O motorista Valério Delavechia tem experiência de sobra nas duas profissões. Dirige um caminhão na mesma empresa há 15 anos e conta que até os 31 anos foi agricultor, mas veio para a cidade em busca de uma vida melhor, realidade de muitos agricultores, “vim para Tapejara e fui procurar emprego, e o primeiro que me chamaram estou até hoje”, destacou.
“Sempre tive essa vontade de dirigir e conhecer grandes centros urbanos acredito que quem tenha esse sonho deva saber que também existem aspectos negativos, ficar na estrada, locais sem infraestrutura, como postos de combustíveis sem banheiros adequados, alimentação, estradas com péssimas condições de tráfego, acidentes que paralisam o trânsito”.
Valério, pai de duas filhas, não se imagina fazendo outra coisa a não ser conduzindo o caminhão pelas estradas transportando alimentos, ajudando no desenvolvimento do país, “graças ao meu trabalho como motorista foi possível construir a minha casa, criar minhas filhas e me sinto realizado fazendo isso, em conversas com meus colegas de profissão temos a certeza da importância de nossa contribuição”.
Mãos que plantam, mãos que dirigem, mãos que colhem, mãos que guiam, todas as profissões são importantes para o desenvolvimento da economia, mas neste dia, o Novo Tempo também agradece ao esforço diário, incansável e anônimo desses dois: Colono e Motorista, que pela força de seu trabalho se complementam todos os dias, do amanhecer ao alvorecer. Parabéns!