A Semana Mundial de Aleitamento Materno faz parte de uma história mundial focada na sobrevivência, proteção e desenvolvimento da criança. É considerada como veículo para promoção da amamentação e ocorre em 120 Países sendo, oficialmente, celebrada de 1 a 7 de agosto.
Em Tapejara, a Secretaria de Saúde não desenvolveu nenhuma mobilização específica na semana que passou porque, segundo a coordenadora da pasta, Daniela Girardi, há uma campanha permanente em prol da amamentação. “Estamos sempre fazendo trabalho de orientação com as gestantes e mães”, frisou. Nos últimos dias, a Secretaria adquiriu conchas utilizadas para facilitar a amamentação, para serem doadas às mães que têm dificuldades. Além disso, a pediatra que atende nos postos faz um trabalho corpo a corpo com dicas e esclareciementos a todas as mães que utilizam o Sistema Unico de Saúde.
Na rede privada o aleitamento materno também é unanimidade entre os profissionais da saúde. O médico obstetra Rogério Valdívia, explica que durante a gestação há algumas orientações relacionadas ao tema, que são repassadas às futuras mamães. A produção de leite acontece de fato após o nascimento da criança. Então é no período de amamentação que as mães devem se dedicar para que o processo ocorra da melhor forma possível. “Uma das grandes preocupações das mulheres diz respeito às fissuras no mamilo. Não conseguimos preparar o local para impedir isso, mas é possível diminuir a sensibilidade com esfoliações. Essa é uma das dicas que passo para minhas pacientes”, diz.
A médica pediatra Madalena Rotta diz que as mães de hoje em dia estão bem esclarecidas sobre os benefícios do aleitamento materno e há um número muito pequeno de mulheres que desiste de amamentar. “Algumas não conseguem produzir leite em decorrência de algum problema. Mas a maioria das mulheres produz o alimento que é suficiente e exclusivo para os seis primeiros meses de vida do bebê”, explica. A pediatra reforça que no primeiro semestre, a criança não precisa de água, chás ou outros alimentos. “O complemento é uma excessão”, diz, se referindo aos pais que optam por introduzir leites industrializados ao cardápio das crianças, nos intervalos de mamadas. De acordo com ela, não existe leite fraco. “É um alimento de livre demanda. Alguns bebês mamam mais e outros menos. Mas são eles que vão decidir o horário de se alimentar”, frisou.
O leite materno possui todos os nutrientes de que o bebê precisa para se desenvolver nos primeiros seis meses de vida, e deve continuar a ser dado mesmo depois, quando a criança já come outros alimentos. Estudos mostram que o leite materno possui anticorpos que protegem a criança contra infecções - como gastroenterites (doenças com presença de diarréia), doenças respiratórias, infecções urinárias e otites. Também reduz o risco de o bebê ter doenças mais graves, como diabete e leucemia, e diminui a tendência a problemas alérgicos, como asma e dermatite.
Além dos agentes protetores sempre presentes no leite materno, a mãe que amamenta pode produzir outros anticorpos específicos assim que entra em contato com uma infecção. Esses anticorpos podem passar para o leite, e de lá para a criança.
Amamentar também deixa a mãe mais saudável. Ao dar o peito ao filho, ela reduz seu risco de ter câncer de mama pré-menopausa e câncer de ovário. Há redução também no risco de fraturas em consequência da osteoporose.
O leite materno possui ácidos graxos poliinsaturados de cadeia longa, que são essenciais para o desenvolvimento do cérebro. Antigamente havia a crença de que amamentar os bebês os deixaria mais inteligentes. Em média, bebês que mamaram no peito são mesmo mais inteligentes, mas pesquisas recentes mostraram que isso provavelmente se deva a fatores sociais (relacionados à estimulação) e genéticos.
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