Na sessão da Câmara de Vereadores do dia 15/08, as discussões giraram em torno do Projeto de Lei 075/11, que autoriza a abertura de crédito especial no valor de R$ 150 mil para ajustamento de conduta firmado com o Ministério Público em 24 de agosto de 2007, referente à regularização de área para implantação de sistema de disposição de lodo de esgosto sanitário.
O vereador Daniel de Mattos (PP), se antecipou na fala, demonstrando sua reprovação ao fato do projeto estar em pauta para votação. “Uma audiência pública para discutir isso foi aprovada, e agora chego aqui e vejo que o projeto está em pauta”, frisou.
O parlamentar Inézio Cadore (PMDB) foi enfático ao afirmar que os vereadores da oposição estavam enrolando a aprovação de um projeto muito importante para a cidade. “Quanto mais enrolação, mais problemas iremos ter com o destino correto do esgoto”, disse.
Moacir Bertollo (PDT) explicou que ele não é contrário ao projeto de ter um local próprio para o depósito de lodo, o problema, segundo ele, é a área em que será feita a obra. “Sou tão solidário a isso que antigamente cedi uma propriedade minha para depositar esgoto. Penso, portanto, nas famílias que residem próximo à área onde será implantado este sistema de disposição. Será que eles são favoráveis?”
Altemir Abido (PT) assumiu a cadeira do vereador Jurandir Bogoni (PT), e em sua primeira sessão também se declarou contra o projeto. “Não cabe a nós discutirmos se este problema é desta administração ou da passada. Tem que ser resolvido, mas sugiro que para esta obra sejam utilizados recursos do Fundo do Meio Ambiente e não da Agricultura”, disse.
O vereador Márcio Bertóglio (PMDB) explicou que a gestão anterior adquiriu uma área para implantar o sistema, conseguiu licença ambiental, mas não apresentou os documentos necessários para concretizar a obra. A administração atual apresentou toda a documentação, mas não pode dar andamento porque o terreno destinado foi apontado nos relatório do Tribunal de Contas. “É urgente que façamos isso logo. Muitas famílias ainda têm fossa e precisamos regularizar esta situação. Tapejara será o primeiro município da região a ter uma obra desta grandiosidade. Travar este projeto é andar contra o desenvolvimento”, salientou.
Paulo Lângaro frisou que o desejo da bancada de oposição é de que haja diálogo. “Não temos o intuito de imperrar esta obra. Mas a abertura de crédito pode ser um cheque em branco assinado. Queremos que haja uma consulta popular com as famílias que residem próximo ao local”.
Por fim, a presidente da Câmara, Cledi Hanel (PSB) disse que é certo que precisamos dar destino correto ao lodo. “O prefeito esteve na Câmara e nos informou que ainda não foi resolvido em que terreno será desenvolvida a obra. O que sabemos vem da boca de outros, mas nada foi nos comunicado oficialmente. A preocupação dos vereadores da oposição é relevante. Porém, eu acredito que a administração terá diálogo com a população”.
Colocado em votação, o projeto foi aprovado por 5 votos a 4. Votaram favoráveis os vereadores Márcio Bertoglio, Umberto Bolsonello, Walter Fontana, Inézio Cadore e Cledi Hanel. Contrários os vereadores Moacir Bertollo, Daniel de Mattos, Paulo Lângaro e Altemir Abido.
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