sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Enchente volta a alagar centro e outros pontos da cidade
Por volta das 23 horas de segunda-feira (29), trechos da Avenida Sete de Setembro e outros bairros ficaram alagados.
Cerca de 10 minutos de chuvas somou 90 mm, que foi suficientes para causar transtornos principalmente aos motoristas. Os bueiros não deram vazão suficiente para escoar a água. O fluxo de veículos no centro no momento da chuva era intenso, pois este é o horário que os ônibus que transportam universitários retornam para a cidade.
Outro ponto que ficou completamente alagado foi a rua Murilo Domingues, nas proximidades da piscina Parque Aquático União. A água invadiu algumas casas e garagens causando danos aos moradores. Neste ponto da cidade o que contribuiu para o entupimento dos bueiros foi o acúmulo de lixo na área onde estava instalado um parque de diversões. De acordo com os moradores, os responsáveis pelo parque não davam destino correto ao lixo, deixando sacos e restos de alimentos jogados na própria área onde estavam os brinquedos. No dia seguinte à enchente era possível encontrar este lixo na rua e nos terrenos dos moradores. Também houve registros de alagamento no Loteamento Real I, habitado há pouco tempo por famílias contempladas pelo programa habitacional.
Porém, todos estes transtornos não foram suficientes para que fosse decretada situação de emergência no município. Segundo o técnico operacional da Defesa Civil, Osvaldo da Rosa, só é possível decretar esta situação, havendo uma quantidade mínima de pessoas atingidas, o que não foi o caso de Tapejara. “Mas não deixamos ninguém desamparado. Junto com a administração pública, bombeiros e Brigada Militar, saímos no momento da tempestade para tomar as primeiras providências”, disse.
Duas famílias necessitaram de uma atenção especial e receberam camas, lençóis e cobertores.
Quando um município tem situação de emergência decretada as pessoas que têm prejuízos causados pela enchente são ressarcidas. Caso contrário os prejuízos devem ser relatados em Boletim de Ocorrências e solicitado o ressarcimento na justiça comum. “É um processo demorado em que a maioria das pessoas não leva adiante”, disse Osvaldo.
O Corpo de Bombeiros Voluntários auxiliou as pessoas atingidas pela enchente lavando os estabelecimentos comerciais e algumas residências. “Atuamos no centro, Loteamento Real, bairro 13 de Maio e socorremos uma família que teve a casa destelhada, próximo ao polo da UAB”, explicou o comandante Pedro Ramos. Doze bombeiros voluntários trabalharam na madrugada do dia 30 e quando o dia amanheceu atuaram na limpeza das ruas do centro.
O comandante alerta as pessoas para que, em caso de novos alagamentos, não invadir com carros os pontos alagados. “Se houver barreira ou qualquer sinal de enchente na rua é melhor não tentar passar com o veículo”, frisou. Ele também salienta que nos casos em que a água invade as residências é indicado que as pessoas desliguem a chave geral de energia e saiam das casas, para um lugar seguro, e só retornem no momento em que a água baixar.
A Administração Pública está tomando algumas providências para solucionar o problema de alagamentos na cidade. Na Avenida 7 de Setembro foram colocadas tubulações para impedir que a água se concentre na via, escoando o volume para um córrego. A obra está na primeira fase e a expectativa é que assim que for concluída amenize o problema.
Nos demais pontos da cidade deve haver investimentos também. “São obras bastante caras, mas de extrema necessidade”, finaliza o representante da Defesa Civil.
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