Três dias após o furto na empresa Pietrobon, que ocorreu no sábado (3), policiais civis, comandados pela delegada Anaí Mariani, prenderam três homens suspeitos de serem autores do crime. De posse das imagens gravadas pelas câmeras de segurança da empresa, a PC iniciou as diligências. Os autores do crime foram flagrados por câmeras de três agências bancárias de Passo Fundo no momento em que faziam transações com os valores furtados na empresa.
Na terça-feira (6), na Vila Luiza, agentes capturam um dos envolvidos. Após o depoimento do acusado, a polícia chegou até a rua Pinheiro Torto, no bairro Santa Maria, na tarde de quarta-feira (7),em cumprimento de mandado de busca e prisão preventiva. Com apoio da Equipe Volante da DPPA e do delegado Venicios Demartini, realizaram as prisões de mais dois homens, onde parte do dinheiro, celulares, cheques e comprovantes de depósitos báncarios foram apreendidos, confirmando os indícios do furto à empresa tapejarense.
Os três acusados de 24, 25 e 41 anos foram levados ao presídio de Getúlio Vargas. Um deles, o mais velho, possui extensa ficha criminal prevalecendo crimes de roubos e furtos. A delegada Anaí interrogou os três detidos e conta que o mais velho permaneceu calado afirmando que só falaria em juízo. “Os outros confirmaram que o material apreendido era deles, mas dizem que encontraram os cheques na rua e, por ora, um acusa o outro”, explicou.
As investigações continuam porque a delegada suspeita que os ladrões tiveram informações privilegiadas de alguém que conhece o funcionamento da empresa, levando-se em conta a maneira como o crime ocorreu. “Vamos prosseguir nosso trabalho e pretendemos chegar aos coautores deste crime”, frisou Anaí.
Entenda o caso
A empresa Pietrobon foi alvo de ladrões que invadiram os escritórios na noite de sábado (3). O crime ocorreu sem que os guardas do local percebessem. A perícia ainda não emitiu um laudo, mas desconfia-se que os ladrões tiveram a entrada facilitada e só arrombaram as portas para sair do local.
De acordo com o advogado da Pietrobon, Sidney Teixeira, a política da empresa é não divulgar o valor furtado, mas ele adianta que é um grande montante entre dinheiro em espécie, cheques preenchidos e cheques em branco. Além disso, os meliantes furtaram duas CPUs, sendo que uma delas continha todo o controle de cheques recebidos e a outra possuía o beckup.
A ação só foi percebida na manhã de segunda-feira quando o escritório foi aberto. Imediatamente a polícia foi comunicada e iniciou os trabalhos de investigação. A empresa colocou todo o setor de telemarketing a serviço, entrando em contato com agências bancárias de praticamente todo o país para comunicar o furtos dos cheques e impedir que os prejuízos tomassem proporções maiores.
Ainda não foram recuperados cerca de 1.500 cheques preenchidos e mais de 2 mil cheques em branco. “Pedimos que as pessoas não aceitem em hipótese alguma cheques carimbados pela Pietrobon. Comuniquem a polícia”, solicitou o diretor da empresa, Valdir Pietrobon.
O empresário salienta que o trabalho ágil e preciso da polícia foi fundamental para que os danos não fossem ainda maiores. “Temos que agradecer a competência da delegada e sua equipe”, finalizou.
A empresa, que perdeu o banco de dados, está se readequando e garante que nos próximos dias todo o atendimento e suporte aos funcionários estará normalizado.
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