Valéria Schmidt, jogadora de futsal da Unochapecó foi considerada a melhor atleta universitária do país, em 2010. Ela foi indicada pela Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU) para receber o Prêmio Brasil Olímpico (PBO) na categoria Melhor Atleta Universitária 2010. A cerimônia de entrega do Prêmio, promovida pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), foi realizada no dia 20/12, no Rio de Janeiro (RJ).
Valéria Schmidt, de 22 anos, participou da conquista do bicampeonato mundial universitário de futsal, na Sérvia, em agosto do ano passado. A fixa foi eleita a melhor jogadora do Mundial. Em 2008, Valéria também vestiu a camisa da seleção brasileira na conquista do primeiro título mundial. “Tive a felicidade de jogar e ser a capitã das conquistas em 2008, no Brasil, e agora ser ‘bi’ na Sérvia. E encerrar o ano com estes prêmios foi ainda melhor”, destaca.
A atleta também comemorou a medalha de ouro nas Olimpíadas Universitárias – JUBs 2010, em Blumenau (SC), pela equipe da Unochapecó e o tricampeonato da Liga Futsal Feminina com a UnoChapecó/Nilo Tozzo/Aurora, entre outras conquistas da temporada.
Trajetória da jogadora
Valéria Schmidt começou a jogar futsal com 14 anos. Antes disso, desde os 7 anos, jogava futebol de campo com os meninos da escolinha do professor Orlei Moresco. Quando criança ela sempre pedia bolas de presente, diferente do que normalmente uma menina pede. “Sempre brincava com meus primos e a partir daí cemecei a ir na escolinha e gostar mesmo da modalidade”, explica.
A atleta conta que sempre encontrou barreiras, principalmente na infância quando não era visto como “normal” uma menina jogar entre os meninos. “Mas a partir do momento em que a bola rolava, as opiniões mudavam”, completa. Valéria conta que dentro do futsal, por ser uma modalidade não olímpica atualmente, é bastante difícil ser reconhecido como merece, mas acredita que já ocorreu uma grande melhora, e garante que isso é só o começo de tudo de bom que o esporte pode trazer.
Valéria já atuou, nos anos de 2004 e 2005, pela Unesc de Criciúma; em 2066 e 2007 pela UNC de Caçador; e nos últimos três anos pela Unochapecó, de Chapecó. Este ano ela renovou contrato com a equipe. A jogadora sonha com o momento em que o futsal se torne uma modalidade olímpica porque assim os atletas ganharão reconhecimento maior, tanto na categoria masculina quanto feminina. “Mas percebo que muitas pessoas já reconhecem a evolução do futsal feminino e tornam-se fãs a partir do momento em que têm a oportunidade de assistir um jogo de alto nível”, disse.
A rotina de Valéria inclui treino de musculação três manhãs por semana, aulas na faculdade de Educação Física a tarde e duas horas de treino no início da noite, de segunda a sábado.
A atleta saiu de Tapejara há mais de seis anos e não tem planos de voltar em breve, pois a cidade ainda não disponibiliza de estrutura para manter uma equipe feminina de futsal e o sonho da jogadora é disputar as Olimpíadas pelo Brasil. “Mas esta terra mora no meu coração e pretendo um dia retornar para desfrutar de bons momentos por aqui”, salientou.
Valéria destaca o orgulho que sente por ter recebido o prêmio Brasil Olímpico. “Foi um momento inesquecível, poder estar lá com vários ícones do esporte brasileiro é uma honra. Gostaria de dedicar esta conquista a todos os tapejarenses que me apoiaram desde o começo de minha trajetória no esporte”, finaliza.
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