sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Volta às aulas

Inicia o ano e os pais já estão pensando em economizar para a Volta às Aulas, pois afinal de contas é lista de material escolar, livros e além do fator financeiro existem outras preocupações e pontos para serem levados em consideração.
A reportagem do Novo Tempo foi a campo para ajudar nossos leitores neste momento. Confira:

Primeiros passos na Vida Escolar

Décadas atrás, as crianças entravam mais tarde na escola, aos cinco ou seis anos, e a separação entre a mãe e o bebê era feita de forma mais lenta. Hoje em dia, a quebra é muito rápida. Os pais até se sentem culpados por não poder passar mais tempo com a criança.
Nos primeiros dias do bebê na creche, muitas escolas particulares pedem que os pais ou outro adulto de referência permaneçam na instituição.
Aos poucos, a confiança dos pais e do bebê na escola vai aumentando. Para isso, os especialistas recomendam que a parceria seja incrementada com muita conversa. Pais precisam ouvir a escola e vice-versa.
Para a psicopedagoga Solange Scariot, a adaptação escolar se transforma em uma união de atitudes entre escola-família, é importante ter paciência. “É preciso criar vínculos e de aumentar a segurança de mães e pais, que muitas vezes não estão preparados para a separação”, frisou.
A adaptação dos alunos na educação infantil deve ser agradável, os pequenos devem receber cuidados e atenção, ter espaço para explorar o ambiente escolar, brincar e se conhecer. Em sala de aula ter disposição de brinquedos e materiais que desenvolvam na criança a imaginação e criatividade. Proporcionar a interação com os colegas e adultos na comunidade escolar.
Solange enfatiza que o professor deve saber reconhecer as necessidades básicas da criança, dar a ela a dose exata de limite, de carinho e conhecimento.
A escola deve conhecer a família de seu aluno, dialogar, passar segurança aos pais. “Se a criança resistir e chorar, o diálogo é a melhor solução”, explica. Neste caso, pais e professores devem tentar buscar soluções junto com ela e fazer combinações que possam ser cumpridas. “Deve-se evitar pressões ou chantagens emocionais, deixando a criança se aproximar naturalmente da professora e dos colegas”.
Outros cuidados básicos são orientados pela psicopedagoga: no primeiro mês é importante que a mesma pessoa busque a criança. Não se atrase para buscar o filho, durante o primeiro mês de adaptação. Um dos maiores medos dos pequenos nessa fase é do abandono.
Solange salienta que fazendo uma boa escolha da escola e tomando os cuidados básicos, os pais se surpreenderão com o desenvolvimento de seu filho. ”A família tem que ter em mente que estará preparando seu filho para conviver em sociedade, aprendendo a compartilhar, a ter limites, além de aprender o que todos esperam: a ler e escrever”, disse.
Ao escolher uma escola os pais devem estar atentos ao espaço, os profissionais, o método de ensino, a valorização dos conhecimentos, o diálogo entre família e escola, a higiene, a importância dada as brincadeiras, a existência de biblioteca e os cuidados que a instituição tem com as crianças.
Foto: Divulgação
Legenda:

Dúvida: qual modelo de mochila é o ideal?

Mochilas com rodinhas, cheias de compartimentos e bolsos, estão entre as preferidas das crianças, segundo a fisioterapeuta Camila Coronetti, as mochilas de rodinhas podem ser usadas desde que sejam adaptadas corretamente a altura do puxador para que a criança não fique com a coluna curvada, pois podem acarretar problemas iguais ou piores do que as mochilas convencionais. “As mochilas mais recomendadas são aquelas com duas alças, largas e reforçadas, que proporcionam melhor sustentabilidade e distribuem melhor o peso. As tiras devem ser ajustadas de forma que a mochila fique o mais próximo do corpo. A largura não deve ser superior que as costas das crianças e não deve ultrapassar a cintura. A mochila que possui uma quantidade maior de bolsos e divisórias, possibilita a distribuição de peso de forma uniforme. Porém, deve-se cuidar para não atrair objetos excessivos”, recomenda a fisioterapeuta.
Camila ainda frisa que a bolsa não deve pesar mais de 10% do peso corporal da criança. “Aquelas que têm uma só alça também não são indicadas, pois concentram todo o peso em apenas um ombro do estudante”, salienta. Neste caso, os pais também devem estar atentos para que a criança leve para a escola somente o material necessário, reduzindo assim o peso da mochila.

A hora das compras

Com orçamento apertado, muitas vezes, os pais precisam fazer malabarismo para comprar todos os materiais. Com a lista de material escolar em mãos, é importante ver quais produtos a criança já tem e podem ser reaproveitados.
Uma boa pesquisa de preços ajuda na hora de economizar. Realizamos uma pesquisa em três empresas de Tapejara, contendo itens básicos para uma lista de material escolar. Confira:



* Os produtos pesquisados são todos da mesma marca. As empresas não serão divulgadas.

A dica é que os pais pesquisem os preços, negociem prazos de pagamentos e se o pagamento for à vista vale a pena pechinchar descontos. Fiquem atentos às promoções e condições propostas nesta época do ano.
Outra dica é não se deixar levar pelas tentações dos filhos em adquirir produtos “da moda” e estar alerta para itens na lista que não são de responsabilidade dos pais, outra dica é levar junto lápis e calculadora para não ser pego de surpresa no caixa.
Muitas escolas adotam a prática de incluir na lista itens que não são de uso pedagógico, como papel ofício, cartucho para impressora, álcool em gel, sabonete e papel higiênico. Isso é contra as leis de defesa do consumidor, salvo se a família quiser colaborar, mas não há obrigatoriedade de adquirir esses materiais. Outro aspecto são as crianças nos primeiros anos escolares, materiais como argila, isopor, palitos de picolé, tem uso pedagógico.
Só leve junto os filhos se isso for servir como aprendizado e para conversar sobre o que pode o que não pode ser comprado e para evitar ceder a esses impulsos, os pais devem ter sempre em mão uma lista do que é realmente necessário e conversar com os filhos para que entendam a diferença e a utilidade dos materiais.

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