quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Fisioterapia: Em busca do alívio para a dor

Em 2010 o serviço de fisioterapia da Secretaria de Saúde do município de Tapejara atendeu 6.607 pacientes, um serviço que têm devolvido para muitas pessoas a satisfação em voltar aos trabalhos e aos afazeres domésticos.
Foi depois de uma cirurgia de hérnia de disco que a diarista, Rita Della Santa, 48 anos, teve que se afastar do trabalho, devido à perda da maior parte do movimento da perna esquerda. A situação ficou pior quando ela percebeu que com isso perdera também a liberdade de realizar diversas ações comuns e indispensáveis. Foi somente depois do início das sessões de fisioterapia, que Rita descobriu que as dores ocasionadas pelo seu problema podem diminuir e que alguns movimentos podem ser recuperados.
Rita é uma das 360 pessoas que recebem por mês sessões de fisioterapia através da Prefeitura Municipal de Tapejara, somente no Posto de Saúde do Bairro São Paulo. Hoje ela disse estar mais confiante e feliz porque a fisioterapia tem diminuído sua dor. “A minha vida está muito difícil. Antes eu era acostumada a trabalhar e agora me ver numa situação dessas é horrível. Eu não consigo me vestir, me agachar e nem tomar banho. Sou dependente de outra pessoa, mas toda a vez que eu venho aqui, durante alguns dias a dor simplesmente vai embora. É muito bom. O problema é que depois a dor retorna”, destacou.
A fisioterapeuta Lilian Hanel explicou que no caso da dona Rita, a fisioterapia tem por objetivo diminuir a dor e o retorno dos movimentos. “O que a gente quer é tentar devolver um pouco mais a independência que ela tinha”, ressaltou.
Para a coordenadora do setor de fisioterapia do município, Helena Coronetti, o mais importante em oferecer um serviço à população, é saber que ela está satisfeita e que se está melhorando a sua qualidade de vida. “As pessoas relatam que o atendimento é muito bom. Cada sessão leva de 45 minutos à uma hora. Não queremos quantidade, mas sim, qualidade no atendimento”, ressaltou.
Lilian explicou que a fisioterapia consegue diminuir a dor do paciente, ou melhorar a flexibilidade, a força muscular e ou a condição de trabalho, dependendo de cada caso. Segundo ela há muitas pessoas que buscam a fisioterapia porque trabalham em empresas, cujo movimento repetitivo afeta a saúde, e com a fisioterapia é possível obter qualidade de vida. “Esse na verdade é só um exemplo. Há tantos problemas que chegam até nós que só o que queremos é diminuir sua dor. Há aqueles pacientes que chegam no pós-operatório e que muitos não conseguem nem caminhar. Vê-los retornar é somente o que queremos”, enfatizou.
De acordo com um relatório divulgado pela Secretaria de Saúde, durante o ano de 2007 foram realizados 1.056 atendimentos, enquanto que em 2010 o número subiu para 6.607 atendimentos, aumento de 625%.
A secretária de Saúde e Ação Social, Rosane Faedo Merotto, salientou que toda a equipe de saúde e principalmente os profissionais da fisioterapia vem desenvolvendo um trabalho qualificado que engrandece o município. Rosane explicou que desde o início da administração, o prefeito Menegaz solicitava mais atendimentos em toda a área da saúde, e por isso, o número cresceu significativamente. Anteriormente, a fisioterapia funcionava somente no Posto de Saúde do Bairro São Cristóvão e há pouco tempo o Posto de Saúde do Bairro São Paulo, também está recebendo pacientes para o serviço. “A própria população também reivindicou que o atendimento fosse ampliado em outros postos, até devido ao deslocamento que era difícil. A intenção é ainda criar um Centro de Fisioterapia com mais profissionais e mais sessões disponibilizadas”, destacou.
Rosane explicou também que no início da administração a fila de espera era em torno de 700 pessoas, e esse número diminui consideravelmente “Temos profissionais qualificados, para que cada vez mais se diminua a fila de espera”.
No Posto do Bairro São Paulo são 18 atendimentos diários de segunda a sexta-feira, totalizando 360 por mês, enquanto que no Bairro São Cristóvão, estão sendo atendidos 24 pessoas por dia. Ao total são sete fisioterapeutas que prestam serviço nos dois postos.
De acordo com Lilian, que trabalha há mais de três anos no posto de saúde, os maiores problemas atendidos são coluna, ombro e joelho. Segundo ela, cada vez mais jovens estão precisando do serviço, devido possivelmente, a má postura e má qualidade de vida. “As pessoas não procuram realizar atividade física. Elas trabalham demais e se alongam e se fortalecem de menos”, declarou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário