Em todo o Brasil, no dia 30 de outubro, é comemorado o Dia do Comerciário. Para os que ainda não sabem a razão desta importante data, é necessário voltarmos no início do século passado. Naquela época, começaram a surgir as primeiras associações e uniões (que depois transformariam em sindicatos) de empregados no comércio (chamados na época de caixeiros) contra os abusos a que eram submetidos pelos empregadores.
Os comerciários eram obrigados a cumprir jornadas de trabalho superiores há 12 horas diárias e trabalhar aos domingos e feriados sem direito a folga, além de conviverem com a ameaça de demissão, caso reclamassem desse regime de servidão. Contra essa exploração, foi fundada na capital mineira em 11 de junho de 1925, a União dos Empregados no Comércio de Belo Horizonte que hoje é o Sindicato dos Comerciários; enquanto em vários estados da federação começavam também a surgir organizações de comerciários.
Foi através dessas organizações que no dia 29 de outubro de 1932, aproximadamente cinco mil comerciários, no Rio de Janeiro, organizaram grande manifestação, marchando em direção ao Palácio do Catete, onde foram recebidos pelo então Presidente da República, Getúlio Vargas. Neste memorável encontro, os comerciários entregaram ao presidente as reivindicações da jornada de trabalho de oito horas diárias e repouso remunerado aos domingos.
Este fato marcou a categoria dos comerciários como os precursores da luta dos trabalhadores na conquista da jornada de trabalho de oito horas diárias e repouso aos domingos e feriados. O 30 de outubro ficou marcado como o Dia do Comerciário e a reivindicação da categoria foi, posteriormente, estendida a todos os trabalhadores do Brasil.
Neste ano irão ocorrer mais mudanças nas Leis Trabalhistas que estão sendo debatidas, três propostas de Emenda à Constituição (PEC) prometem alterar a rotina dos trabalhadores brasileiros. O aumento da licença-maternidade de 120 para 180 dias, a ampliação do benefício às mães adotivas e a redução da jornada semanal de trabalho de 44 horas para 40 horas são os temas das três propostas prontas para ir à votação na Câmara dos Deputados.
Segundo números do Sebrae extraídos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego, o setor comercial é responsável por 19,6%, precedido apenas pelo setor de serviços.
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