A sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Tapejara, do dia 23 de maio, foi bastante tumultuada. A discussão ocorreu entre os vereadores Umberto Bolsonello (PMDB) e Jurandir Bogoni (PT). Mesmo antes da presidenta Cledi Hanel dar início à sessão, os vereadores trocaram farpas, nos bastidores. Jurandir questionava a compra de medicamentos, pela prefeitura de Tapejara, de uma empresa citada nas investigações da máfia dos remédios, amplamente divulgada pela mídia nacional. Bolsonello, que por mais de dois anos foi secretário de Saúde, defendeu a Administração, salientando que todas as compras dessa gestão são realizadas através de Pregão, onde as empresas tem que comprovar idoneidade para entrar na concorrência. “Compramos sim de uma empresa que está sob investigação. Mas isso não quer dizer que recebemos propina”, disse.
Bolsonello frisou, ainda, que o valor gasto em medicamentos na atual Administração é cerca de 30% menor que a antiga gestão. “A primeira compra de medicamentos do governo Menegaz foi idêntica a última compra do governo anterior, e pagamos 30% menos. Isso sim deveria ser investigado”.
Em meio a discussões, os vereadores das duas bancadas solicitaram a instauração de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). A presidenta da Casa, Cledi Hanel, tentou acalmar os ânimos solicitando que este assunto fosse discutido em outra reunião. Porém, diante da recusa dos vereadores, foi votada a abertura da CPI.
Os vereadores realizaram na última semana uma reunião, para elaborar requerimento e processo de instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito. Os vereadores da bancada da situação, com base no regimento interno da câmara, entendem que a instauração será infundada uma vez que não há um tema gerador concreto. De acordo com o vereador Márcio Bertóglio, é preciso ter critérios cabíveis, para não haver gastos e desgastes desnecessários. “Não podemos montar uma CPI simplesmente porque a prefeitura já comprou de uma empresa que está sendo investigada, mas que até o momento era idêonea”, disse.
Assim que iniciar os trabalhos, a Comissão Parlamentar de Inquérito deverá investigar as compras de medicamentos da Adminsitração atual (Menegaz) e da anterior (Juliano).
Na sessão da última segunda (6), o vereador Júlio Reis (PMDB) assumiu uma cadeira na Câmara, em substituição a Valter Fontana (PMDB), que solicitou licença por tempo indeterminado.
Um dos assuntos mais discutidos na sessão foi a repercussão da audiência pública realizada na tarde de segunda-feira (6) para discussão dos atendimentos de urgência e emergência do Hospital Santo Antônio. “A saúde é municipalizada, isso significa que é responsabilidade do município cuidar da saúde da população. O paciente tem que ser bem tratado; e se o médico não estiver bem para atendê-lo deve também procurar se tratar. Tapejara tem recursos para a Saúde e a população deve estar informada sobre isso”, salientou a presidenta da Câmara Cledi Hanel.
O vereador Márcio Bertóglio explicou que muitas pessoas que recebem atendimento de saúde em Tapejara não foram contabilizadas pelo Senso, o que prejudica o montante repassado para a Saúde do município. “Conheço casos de pessoas que moram aqui durante a semana e na hora de responder o senso se identificaram como moradores de outros municípios da região”, disse.
Outro assunto que recebeu a atenção dos vereadores foi a indicação do vereador Daniel de Mattos (PP), que sugere ao poder executivo a implantação de um programa de auxílio financeiro às mães que trabalham em empresas, e tem filhos menores de 2 anos de idade, pelo motivo que o município não tem local apropriado (berçário) para estas mães deixarem as crianças, enquanto trabalham.
Também foi aprovado, entre outros, o projeto que autoriza o Poder Executivo a firmar convênio com a Fundação Hospitalar Oftalmológica Lions, para atender pacientes encaminhados pela Secretaria de Saúde de Tapejara.
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