quinta-feira, 9 de junho de 2011

Sindicato dos Trabalhadores Rurais comemora números da habitação

Cerca de R$ 1 milhão já foram investidos na construção de 270 casas no interior da região
A moradia rural tem sido uma das bandeiras do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Tapejara. Recentemente a entidade comemorou ser a primeira no país a assinar contratos do programa Minha Casa. Minha Vida, junto a Caixa Econômica Federal.
Conforme relembrou a presidente, Jussara de Mello, “o programa da habitação iniciou em 2000 com os primeiros passos se tornando mais uma conquista do sindicalismo rural, muitos programas surgiram como o Procop, PSH, Procomunidade, FGTS, PSH Banrisul e atualmente o Minha Casa. Minha Vida. Com esforço de todos os envolvidos atualmente já foram construídas e reformadas cerca de 270 casas nos municípios de atuação do Sindicato”.
A parceria entre a entidade, a Caixa Econômica Federal, a Coohaf – Cooperativa Habitacional da Agricultura Familiar e Prefeitura Municipal de Tapejara, que subsidia casas no interior do município, onde cada produtor recebe R$ 3 mil. O investimento chega a R$ 1 milhão e já beneficiou famílias de Tapejara, Vila Lângaro, Santa Cecília do Sul, Ibiaçá, Mato Castelhano, Água Santa, Charrua, Coxilha e Sertão.
As casas construídas em localidades da zona rural dos municípios são de dois tamanhos – 42 e 56m², com 2 quartos, sala, cozinha, área de serviço e banheiro e as de 56m² com 3 quartos. “Essas casas significam vida digna aqueles que são responsáveis pela produção” – justificou a presidente.
Segundo Jussara, há alguns anos atrás era impossível pensar em financiamentos para moradia no interior, “existiam programas para construção de galpões, mas nada que contemplasse as famílias. É uma alegria poder visitar as casas construídas através do Sindicato e verificar as mudanças no cenário, pessoas satisfeitas, pátios bem cuidados, e a alegria de continuar morando no campo”.
Na sexta-feira, 10 de junho serão assinados mais 11 contratos para construção de novas casas, para os municípios de Tapejara, Charrua, Coxilha e Santa Cecília do Sul, “além destes do grupo 1, existem mais 50 projetos aguardando aprovação junto a Redur em Passo Fundo” – destacou Jussara.


Coronetti, 14 anos dedicados ao sindicalismo
Adagir Coronetti, reconhecido líder sindical de Tapejara. Filho de agricultores de Santa Rita, interior do município, um dos oito filhos de Valdemar e Emilia Coronetti, nascido em 12 de março de 1950. O inicio de sua vida como líder se deu como catequista, posteriormente participou da Associação de Jovens Rurais. Em 1974 casou-se com Ana Borilli com quem tem três filhos, Loeri, Débora e Rodrigo.
Há 29 anos participou da diretoria do Sindicato como Conselheiro Fiscal e ao longo dos anos atuou em vários outros cargos até ser eleito em 1997 pela primeira vez presidente da entidade onde permaneceu por quatro gestões conseqüentes.
Durante o tempo que esteve à frente do STRT se destacou pelo empenho na condução de diversas ações de interesse da classe participando também de atos em Brasília. Dentre as principais atividades destacaram-se a organização de reuniões de lideranças, assembléias de previsão orçamentárias e prestação de contas, encontros dos aposentados rurais, comemoração do Dia do Agricultor, organizou grupos de Pronaf, participou ativamente de reivindicações e protestos, apostou na formação de jovens agricultores e trabalho intenso na Habitação Rural o que fez com que o Sindicato ser o primeiro no Brasil a assinar contratos no Programa Minha Casa. Minha Vida. Buscou parceria com o governo público Municipal para o programa Caprichando a Moradia, auxiliou na Previdência Social Rural para que os agricultores tivessem esse direito garantido. Também foi na gestão de Coronetti que a entidade construiu a sede própria.
A sua trajetória junto ao Sindicato recebeu diversas homenagens de reconhecimento na Câmara de Vereadores e na posse da nova diretoria onde exerce o cargo de tesoureiro e prossegue lutando em prol dos agricultores.

Jussara: o jeito de fazer a diferença feminino
A trajetória da atual presidente da entidade iniciou há mais de 18 anos, como Líder das Mulheres. Em 1997 ingressou na Comissão de Mulheres fazendo parte diretoria como Suplente do Conselho Fiscal. Após foi eleita por duas vezes secretária da entidade, e pela sua dedicação e empenho ao sindicalismo, após uma caminhada de conhecimento tornou-se vice-presidente.
Sindicalista apaixonada pelo servir em todos os seus pronunciamentos destaca a importância da organização de classe. Segundo Jussara, as principais lutas que demonstram a importância do Sindicato são muitas, mas entre elas: o reconhecimento da profissão de agricultor, a habitação rural, os créditos agrícolas, Pronaf e a indispensável aposentadoria de um salário para mulheres com 55 anos e homens aos 60 anos.
Também lembra várias outras conquistas através da organização e mobilização dos agricultores. “É fantástico o poder que os Sindicatos têm de unir agricultores de várias comunidades, municípios e estados, todos organizados e mobilizados em busca de seus direitos” – destaca a presidente.
Desempenhou um papel importante nos últimos anos junto ao Sindicato no que se refere à Habitação Rural. “Durante muito tempo o assunto foi pauta dos movimentos reivindicatórios. Através da busca incansável por conhecimento, muitas lutas e até insistência, o Sindicato de Tapejara foi o primeiro do Brasil a assinar contratos do Programa Minha Casa. Minha Vida, levando reformas e casas novas também para as famílias do interior” – disse Jussara sobre o projeto que é modelo no Estado.
Eleita para presidir a entidade em março deste ano vislumbra a agricultura com mais tecnologia, alta produtividade e o agricultor mais especializado. “Essa é um das propostas da diretoria ofertar cursos profissionalizantes, tanto para agricultores quanto para agricultoras, em vários setores, fazer com que as novas tecnologias estejam mais próximas dos associados, para que produza mais e consequentemente gere mais renda fazendo com que o produtor e sua família permaneçam o campo com mais dignidade” - pontuou.
Sobre a atuação da mulher no campo é enfática ao afirmar que “a figura feminina sempre será o carro chefe da família, principalmente no interior onde não existe horário, a jornada inicia muito cedo e não tem hora para terminar. Com uma capacidade e uma dedicação invejável, a mulher desempenha vários afazeres: cuida da casa, da educação e saúde de todos, principalmente dos filhos e ainda participa ativamente de sua comunidade. A atuação da mulher é desafiadora e persistente e” – considerou.
“Acredito que somente com ideias novas e a participação de todos, se faz sindicalismo” encerrou.

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