O novo Código Florestal aprovado em maio na Câmara dos Deputados passará a ser discutido no Senado, que poderá alterar itens polêmicos. Caso haja mudança em relação ao texto aprovado na Câmara, os deputados voltam a analisar o texto do novo Código Florestal. Depois este vai à sanção da presidente Dilma Rousseff, que tem a prerrogativa de vetar o texto parcial ou integralmente.
O tema tem causado comentários nas diversas instituições da sociedade. Ambientalistas e ruralistas estão travando uma queda-de-braço. Enquanto os ambientalistas creem que as mudanças no Código vão favorecer os desmatamentos, os ruralistas alegam que a legislação vigente é muito rigorosa e prejudica a produção.
No entanto, mesmo com polêmicas levantadas por ambos os grupos algumas ações já vêm ocorrendo há muito tempo. O correto é que a sociedade já está voltada para ações integradas que preservem o meio ambiente. Como abordado na matéria da edição anterior a sustentabilidade já é uma constante em nossas vidas e a preservação tem sido levada mais a sério pelos diversos incentivos de mudanças comportamentais e investimento em educação ambiental nas escolas.
Apesar das discussões em cenário nacional, entidades ligadas a Agricultura, organizam projetos para disseminar entre os produtores praticas sustentáveis. Segundo a chefe do escritório da Emater de Tapejara, Rosângela Dallagasperina, “buscamos orientar e conscientizar sempre as famílias rurais sobre a importância da preservação do meio ambiente e a necessidade de recuperação do que já foi degradado” – explicou.
Ainda destacou algumas atividades desenvolvidas como a instalação de fossas sépticas, filtro e sumidouro e de caixas de gordura nas residências que ainda não possuem, dando destino correto a dejetos humano orientando a retirada de canalizações diretas destes dejetos de rios, riachos, açudes, preservando e recuperando os recursos hídricos.
Incentivo a preservação da água com a proteção de mananciais através de implantação ou preservação de mata ciliar, “acreditamos que somente com a conscientização da população de que cada um precisa fazer a sua parte é que conseguiremos garantir a produção e a preservação” – encerrou Rosângela.
Promotor afirma de consciência ambiental vem crescendo em Tapejara
Crimes ambientais como desmatamento, poluição industrial, desrespeito a fauna e a flora são fiscalizados por instituições governamentais como a Polícia Ambiental, Ibama e Fepam. Conforme destacou o promotor de Justiça da Comarca de Tapejara, Marcio Schenatto, o Ministério Público não tem função de investigar, mas de acompanhar o inquérito civil público e ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social do meio ambiente.
Ainda segundo Schenatto a conscientização ambiental há alguns anos vêm aumentando, “o maior número de ocorrências têm sido de desmatamento e poluição causada pelas indústrias, no entanto, nesses 3 últimos anos tem decaído em cerca de 10%” – destacou.
Schenatto explicou também que após instaurando o inquérito o MP busca apresentar formas de agilizar os processos através de propostas de termo de ajuste de conduta, “para os interessados essa forma de acerto implica em diminuir custo com o processo e isenção de taxas processuais, conforme o caso”.
As multas aplicadas por crimes contra o meio ambiente são destinadas ao Fundema (Fundo Municipal de Meio Ambiente) “cabe ao Comproma a aplicação desses recursos para os projetos em prol do meio ambiente e além dos autos de infração o Ministério Público também destina recursos ao Fundema, através dos termos de ajustamento de conduta” – destaca a presidente do Comproma, Ivanete Baroni.
Segundo Ivanete, que representa o IBGE junto ao conselho o objetivo do Comproma é promover a preservação, melhoria e recuperação do meio ambiente além de incentivar através de ações educacionais a participação da comunidade no processo de preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental.
O Conselho Municipal de Proteção ao Meio Ambiente criado em 2002 serve para assessorar o Executivo e o Legislativo Municipal através de pareceres da legislação vigente, acompanhar o licenciamento e o monitoramento de atividades geradoras de degradação ambiental, deliberar sobre normas e padrões técnicos compatíveis com o meio ambiente, sugerir também alterações na legislação vigente a fim de garantir a preservação dos recursos naturais do município.
Em maio durante solenidade realizada na Câmara de Vereadores de Tapejara ocorreu à posse da nova diretoria, que terá como presidente, Ivanete Baroni, vice-presidente, Jair Batista do Amaral e secretário, Marcelo Panho.
Case de Responsabilidade Social e Ambiental da Vicato Alimentos
O setor empresarial está a cada dia mais atento com alternativas para a redução dos impactos ambientais, não somente no processo produtivo, mas também para conscientizar os colaboradores e a comunidade. Um exemplo a da empresa de 54 anos de Sananduva, a Vicato Alimentos, que segundo sócio Diretor, Renato Basso, “a Vicato é comprometida com o esforço em colaborar com a redução dos impactos ambientais, procurando manter o equilíbrio entre máquina, homem e meio ambiente” – explicou.
Atualmente a empresa desenvolve alguns projetos como a Coleta seletiva de lixo industrial, onde os resíduos utilizados pela indústria como estopas contaminadas, latas de óleo contaminado, latas de tinta, EPIs contaminados, filtros com óleo, frascos de lubrificantes e lâmpadas fluorescentes são separados e ficam estocados em locais apropriados até o seu recolhimento pela Cetric (Central de Tratamento de Resíduos) que faz a destinação correta evitando agressão ao meio ambiente, além da reciclagem de papéis e papelões utilizados pela indústria e escritório.
Também investe na conscientização para a utilização de canecas que substituem os copos descartáveis. Conforme informações repassadas a reportagem pela empresa o projeto leva em consideração que um copo descartável leva de 200 a 450 anos para se decompor na natureza, a Vicato implantou um projeto entre os funcionários do escritório para que fosse extinto o maior número possível de copos descartáveis. A campanha Copinhos a menos te dão canecas a mais, onde cada funcionário recebe a sua caneca personalizada, tornando assim o seu momento de café também uma boa ação para com o meio onde vive.
Além disso faz a opção por materiais reciclados, como sacolas plásticas que a empresa opta pelo uso de material revitalizado e 50% reciclado; investimento em equipamentos com o consumo menor de energia e a implantação de sistema de filtragem do ar resultante da moagem dos grãos: São filtros de ar que foram instalados nos Moinhos e na unidade Silos, cujo objetivo é captar o ar sujo pelo atrito dos grãos, filtrando-os e devolvendo ao meio ambiente puro e limpo.
Mais do que dar um exemplo, estas ações da Vicato buscam alertar para a importância das práticas sustentáveis e incentivar a sua adoção por parte das pessoas e empresas.
* Algumas grandes empresas de Tapejara foram procuradas pela reportagem e não deram retorno até o fechamento desta edição.
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