O que muitos chamam de loucura, para a empregada doméstica Glória dos Santos é mais que uma paixão, é um projeto de vida. Numa pequena casa, localizada no Mutirão Habitacional, ela cuida de mais de 40 gatos e sete cães. Amaioria são animais doentes deixados em sua porta ou recolhidos por ela na rua.
Glória conta que sempre gostou de animais, mas sua vida mudou quando começou a cuidar deles. "Não sei exatamente há quantos anos faço isso, mas imagino que há mais de 20. Desde que comecei a proteger os animais abandonados minha vida ganhou outro sentido. Antes fazia vários tratamentos para fibromialgia (síndrome causada por dores musculares e outros sintomas) e nada resolvia. Os animais me ajudaram a superar isso ", conta.
A protetora, que nem sempre tem condições de comprar ração ou remédios para os cães e gatos, conta com a ajuda da clínica veterinária Amigo Bicho. "Mesmo assim devo gastar cerca de R$ 300 por mês com meus bichinhos. Esse valor faz falta no meu orçamento, mas não os deixarei passar necessidades", diz. Ela também é consciente que sua casa não é o melhor lugar para os animais. "Eles precisam de espaço, de um lugar adequado", frisa. Hoje seu terreno é murado e cercado graças a ajuda do empresário Valdecir Dalri, que doou o material e mão de obra para que os animais pudessem ficar um pouco mais livres.
Glória comenta que se no município houvesse algum abrigo para animais abandonados, ou mesmo uma ONG (Organização Não Governamental) que atuasse nesta causa, ela não exitaria em mandar todos os seus animais para o local, além de se oferecer para trabalhar voluntariamente. "Eu os amo, por isso quero que fiquem num local adequado", disse.
Os bichinhos que são adotados pela protetora, depois de cuidados ficam disponíveis para adoção. Mas ela conta que pouca gente procura. "É preciso haver uma conscientização das pessoas para adotarem em vez de comprar. Alguns pagam pequenas fortunas por animais, contrariando a realidade do abandono", enfatiza.
Outra questão levantada por Glória é o envenenamento de animais. "É muito triste ver um animal envenenado. Muitos chegam assim na minha casa. As pessoas que fazem isso não tê coração".
As pessoas interessada em ajudar a protetora com doação de ração para gatos podem entrar em contato pelo telefone 9633-0040, ou se dirigir a Rua Estevão Kusz, 155.
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