Falta uma semana e ainda não decidi se voto no Instituto Atucanado ou na Voz do PasTor, embora também simpatize com a Dita Folha Verde. São muito competentes e resolvem tudo para a gente, nem é preciso se preocupar em escolher candidato, ele já vem acondicionado numa embalagem descartável, pré-mastigado, só falta engolir. Se der dor de barriga, azar o seu! Marque uma consulta no SUS, tome Elixir Paregórico ou dê um nó nas tripas.
Entre as pesquisas de opinião (sabe-se lá de quem), os horários políticos na televisão e no rádio, e a badalada urna eletrônica, para o eleitor propriamente dito, sobrou pouca coisa. Quando muito uma bandeirinha, um adesivo muito sem graça ou um cartaz na frente da casa. E ainda é obrigado a levar uma foto para algum computador-mesário dar risada e dizer bem baixinho: bip palhaço, bip bip.
Por que será essa história da foto? No meio de toda parafernália eletrônica uma velha fotinho parece um contra-senso. Um prosaico retrato não tem lugar entre este mundão de chips e conexões, com um resultado justificável. Sei lá! Desconfio até da urna eletrônica. Com a impressionante tecnologia moderna tudo é possível. Ainda mais que uma das coisas que mais floresce, mesmo sem ser plantada, neste rincão, são feixes de aloprados.
Cá entre nós, que eleição insossa! Até a fisionomia dos três postulantes ao Palácio do Planalto é de dar pena. Serra parece que a qualquer momento vai virar o homem-morcego e se jogar de um prédio no pescoço de alguém. Dona Marina, coitadinha, dá vontade de sair correndo e comprar um sanduíche, antes caia morta de fome, nos braços verdes de ecologistas extraterrestres. Dona Dilma, em compensação, transpira bem fornida saúde, protegida por uma couraça de botox mas completamente fora de si quando encara um microfone, sem a ‘asa’ do seu “padim”.
O Brasil atravessa uma crise de lideranças com carisma, conteúdo formal e passado satisfatório. A classe política tanto cometeu erros e abusos que nivelou seus quadros no índice mais raso. O descrédito é total, em todas as camadas da sociedade e em todos os limites do país. O povo faz de conta que acredita e, como foi ensinado, procura locupletar-se sempre que possível. Toma lá, dá cá! Não é a lei do mais forte, é a lei do mais crápula.
E o que se aprende em Brasília, se transmite às capitais dos estados e seus respectivos representantes, que por sua vez, passam aos prefeitos as novas regras do jogo. Numa comparação digna de cuidados, é o mesmo destino das terras mal utilizadas, onde uma fagulha causa uma destruição absurda. Os exemplos são monumentos ao descaso e à irresponsabilidade, e maus ventos parecem até mais fortes.
Uma curiosidade: quantos votos fará aquele candidato (Moraes – Santa Cruz) que estava se lixando para os eleitores? Aliás, lançou um filho para Deputado Estadual. A cara do homem é de pedra!
Colunista: Delmar de Sertão
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