Terminadas as eleições e já suas inacreditáveis coligações começam a fazer efeito. O botim é grande, mas o número de convidados, ou não, para o rateio do espólio, é ainda muito maior. Para ser um político de sucesso é imprescindível ter, além de uma belíssima cara-de-pau, um estômago reforçado, à prova de náuseas, engole o que vier. A sem cerimônia com que oferecem seus préstimos é impressionante. Não falando naqueles que se acham credores dos favores eleitorais durante a campanha. Um bando, para não dizer uma corja, exigindo cargos, secretarias, ministérios, companhias estatais, e por aí afora. E conseguem, mesmo completamente incompetentes para determinada função. O profissional de carreira, o técnico que é quem vai segurar a barra, esse vai para os escalões inferiores.
A Presidenta anda amargando a vida com a avidez da companheirada por nomeações, a qualquer preço e em qualquer circunstância. Está difícil acomodar a matilha, o número de vira-latas provenientes dos partidos que aderiram à candidatura foi subestimado. E estão famintos e sedentos, babando nos saltos do poder. Tudo serve e é conveniente, ninguém está pensando em trabalhar mesmo! Sem falar em Lula, que ainda insiste em escolher os ministros de sua pupila. O homenzinho não desgruda, pior do que b. em salto de tamanco.
A mesma coisa acontece, em escala mais reduzida é claro, com nosso Governador. Tarso é um intelectual e tem mais dificuldade de apaziguar ânimos, por isso montou um secretariado exageradamente político. Certamente deve ter reservado o pessoal técnico para fazer girar a máquina governamental, e lhe aliviar o peso da responsabilidade. Assim seu mau humor, justificável e indisfarçável, pode ser dirigido para outro front onde houver necessidade de medidas indigestas para a população e funcionalismo.
A vantagem para a Presidenta e o Governador, é que os grandes sindicatos estão embaixo do braço do PT o que representa silêncio e moderação nas reivindicações. Aliás, todos os dirigentes de sindicatos se elegeram para alguma Câmara e, quando não, são brindados com algum posto de comando bem remunerado e repleto de mordomias. As cúpulas nunca perdem, por isso todo trabalhador é OBRIGADO a descontar parte do seu salário para favorecer estes malandros travestidos de líderes. E isso existe em todas as profissões, pensem bem a fortuna que gira sem direito a se saber onde anda ou quê será feito dela, ou com ela. Numa Democracia de fato, só paga sindicato quem quiser - PT – Saudações.
Agora, numa coisa temos de dar a mão à palmatória: a classe política é unida. Parece estranho, mas não é. Observem! O cara perde a eleição, fica numa suplência, entrega o cargo de confiança, é substituído, terminou o mandato, está na rua, resumindo. Aí começa o compadrio, esqueça o partido, todos, mas todos, estes “desafortunados” são agraciados com uma nomeação para qualquer boquinha ou bocão, numa deslavada troca de favores. Adivinha por quê? EU SOU VOCÊ AMANHÃ.
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