Diretor presidente da Comil foi um dos palestrantes. Encontro abordou, também, a segurança no trabalho
O primeiro da série de encontros que o Barão do Rio Branco e a Faculdade Anglicana de Tapejara pretendem promover durante o ano, trouxe a Tapejara o case da Comil, uma das principais montadoras de ônibus do Brasil, cujo produto é vendido para mais de 30 países. Na abertura do encontro, a vice- diretora, Clarice Ferrazzo, disse que o objetivo do evento é trazer conhecimento e informação para estudantes e empresários. “Acreditamos que um dos papéis da escola é inserir-se na comunidade, contribuindo para o seu desenvolvimento”, ressaltou.
Produção e segurança no trabalho:
No ano passado, a montadora erechinense saltou da produção de 13 ônibus por dia para 15 ônibus por dia, melhorando os índices de segurança, informou o diretor de produção da montadora, Rodrigo Caumo. “O segredo é não encarar a segurança do trabalho como problema, ter um a cultura de disciplina de segurança e estar próximo ao trabalhador”, disse o gerente. Uma das ações foi mudar a estrutura organizacional na fábrica. Onde antes havia um supervisor para cada 100 funcionários, hoje há um supervisor para cada 30 funcionários. “Isso facilita o dialogo, o diagnóstico dos problemas e favorece o comprometimento”.
Entendendo que segurança quem faz é a empresa, o líder e o trabalhador, a psicóloga Adriana Menegazzi, chefe do departamento de Recursos Humanos da Comil, disse que na montadora o tema é abordado em todos os meios de comunicação. “Temos a cultura da promoção e da divulgação da necessidade do trabalho seguro e usamos os murais, as palestras, os encontros e os jornais informativos como meios”, disse. Para ela, segurança no trabalho requer o compromisso dos gestores e a responsabilidade dos trabalhadores, por isso, educação e segurança andam juntos.
Desafios e oportunidades:
Na segunda parte do evento, o diretor presidente da Comil, Deoclécio Corradi, falou sobre a conjuntura brasileira e o perfil que se espera do trabalhador neste novo cenário. Para Corradi, “teríamos um país completamente diferente se resolvêssemos o problema do custo Brasil- carga tributária alta, alta taxa de juros, legislação trabalhista ultrapassada e problemas gerais de infraestrutura. Ele citou a diferença da carga tributária sobre a folha de pagamento, que no Brasil passa de 100%, enquanto que nos Estados Unidos é dez vezes menos,e a capacidade produtiva. “ Um profissional brasileiro produz até seis mil dólares por ano, enquanto que um americano pode produzir até 41 mil dólares/ ano, ou seja, ainda produzimos pouco e gastamos muito esforço dos trabalhadores”. Esta baixa produtividade e o custo Brasil prejudicam a competitividade das empresas brasileiras com as de outros países, disse à platéia formada por estudantes e empresários.
Corradi também deixou conselhos para os acadêmicos de Administração da FAT: “Busquem conhecimento além do técnico, o profissional tem que ter uma visão mais ampla, cada jornal diário, por exemplo é uma aula; procurem ter contato com os empresários, é importante buscar informações com quem já está fazendo uma atividade empresarial; sejam empreendedores profissionais: se disponham a ensinar o que já sabem e estejam abertos a aprender com quem sabe mais; para desenvolver-se como pessoa é necessário fazer esforço, o esforço não é obrigatório, a pessoa faz o esforço que quer, mas o comprometimento com o esforço inicia na formação acadêmica , porque o aluno que você é vai definir o profissional que será; uma marca tem um grande valor e, particularmente, cada atitude define uma marca, em cada tarefa você está construindo a sua marca”.
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