segunda-feira, 23 de maio de 2011

Meio Ambiente: Sustentabilidade no setor empresarial

O Dia Mundial do Meio Ambiente foi recomendado pela ONU- Organização das Nações Unidas durante a Conferência sobre Meio Ambiente, realizada em 1972, em Estocolmo, na Suécia. Em 2000, a ONU ao analisar os maiores problemas mundiais, estabeleceu 8 Objetivos do Milênio que tem prazo de 15 anos para atingir as metas, dentre elas o 7º objetivo que diz que os países deverão criar ações para promover a qualidade de vida e o respeito ao meio ambiente e ainda sugere que sejam realizadas campanhas de uso racional de água e energia, aumento das áreas verdes e reflorestamento, reciclagem do lixo e leis antitabagismo.
No Brasil existem 17 leis ambientais, documentalmente é a legislação mais completa do mundo, apesar de não ser cumprida da maneira adequada. Praticamente todos os aspectos são contemplados, para proteção da fauna, flora, recursos naturais, energia nuclear e genética ambiental.
A última a ser sancionada trata dos resíduos sólidos, aprovada no ano passado, proíbe a criação de lixões. A Lei também apresenta algumas soluções como o conceito de Logística Reversa, que obriga fabricantes, importadores, distribuidores e vendedores a realizarem o recolhimento de embalagens usadas, como agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas e eletroeletrônicos.
Além disso, há o conceito de responsabilidade compartilhada, envolvendo a sociedade, empresas, poderes públicos na gestão dos resíduos. A proposta estabelece que as pessoas terão de acondicionar de forma adequada seu lixo para a coleta, inclusive fazendo a separação onde houver coleta seletiva. Pela nova política, os municípios só receberão dinheiro da União para projetos de limpeza pública e manejo de resíduos sólidos depois de aprovarem planos de gestão.
Segundo o coordenador de Projetos da Copercicla, João Pelissaro, a cooperativa atende 8 municípios, em 5 realizando o recebimento, a triagem, compostagem e destinação final em aterro sanitário, que são Coxilha, Água Santa, Santa Cecília do Sul, Vila Lângaro e Ciríaco. ECharrua, Tapejara e Ibiaçá presta ainda serviço de coleta e transporte.
Com relação às novas regras de resíduos sólidos, a Copercicla já está trabalhando de acordo com a nova lei antes dela ser sancionada. “Já realizamos a triagem, compostagem, encaminhamos os materiais à reciclagem e os rejeitos são prensados, enfardados e encaminhados ao aterro devidamente licenciado e nos padrões exigidos pela Fepam” – completou Pelissaro.
A Cooperativa possui três projetos, um com o BNDES em fase de execução para investimentos em infraestrutura, equipamentos e máquinas no valor de R$ 1 milhão e outros dois junto a Funasa e Ministério da Saúde através da Prefeitura Municipal de Santa Cecília do Sul para repasse de R$ 410 mil. “Também aguardamos o que determina o decreto 7.405 de dezembro de 2010 que cria o programa Pró Catador” – explicou o coordenador.
“A Copercicla tem buscado parcerias com as prefeituras para planejar ações de longo prazo, nosso objetivo é não receber resíduos de municípios que não tenham ao menos iniciado um trabalho de implantação de sistemas de coleta seletiva até 2012. Estamos a disposição para elaboração de projetos. Já realizamos trabalhos com a rede escolar, com apresentações dos dados específicos de cada município, mostrando a situação atual, desafios e focando a importância do adequado tratamento dos resíduos sólidos, separação e acondicionamento” – encerrou.

Departamento de Meio Ambiente desenvolve diversos projetos

De acordo com a bióloga Licenciadora Ambiental do Departamento de Meio Ambiente da Secretaria Municipal de Agricultura, Maria Helena Faedo da Rosa, o trabalho de consciência ambiental em Tapejara sempre existiu, porém com a Habilitação do Licenciamento Ambiental de Impacto Local em 2003, Convênio firmado entre o Município e o Estado conforme Resolução Consema 043/2003, o trabalho de sensibilização ambiental com a população se intensificou, com o objetivo de educar, informar e chamar atenção para práticas de proteção.
Com a habilitação, o município pode licenciar muitas atividades definidas de impacto local pela Resolução do Consema - Conselho Estadual de Meio Ambiente.
“Assim, os processos de licenciamentos são analisados com maior rapidez, custos menores nas taxas de licenciamento e maior controle ambiental no âmbito local, também com a habilitação o poder público assume uma obrigação, que é a da fiscalização ambiental”, explicou a bióloga.
Muitas ações de educação, preservação e conservação, foram e são desenvolvidas com parcerias de entidades e associações como Emater, Sindicatos, Escolas, Comproma, Ministério Público, Escoteiros, Acisat, Sindilojas e Copercicla.
Conforme Maria Helena e Joana Gardelin atualmente no município são desenvolvidos diversos projetos, que são remodelados anualmente para adequar-se à realidade do município e mellhorar a qualidade ambiental e de vida. Entre as ações desenvolvidas estão: Projeto gestão dos resíduos sólidos domésticos: objetivando dar o destino correto do lixo doméstico; Projeto Tapejara Biodiversa, que leva às escolas informação sobre a vegetação local e a importância do Bioma Mata Atlântica, com intervenções nas 6ª séries de todas as instituições de ensino e com a realização de um Seminário sobre a Mata Atlântica; Projeto de Tratamento do Lodo do Esgoto, que aguarda Licença de instalação da Fepam para tratar o lodo das residências, que será modelo para toda a região; Projeto de Revitalização das Áreas Verdes, onde de acordo com a Legislação de Parcelamento de Solo prevê que um mínimo de 10% de cada loteamento deve ser destinado à área verde. O Poder Público recebe esta área, geralmente sem vegetação e tem a obrigação de plantar árvores, revitalizar, com isso irá melhorar a qualidade de vida e garantir mais um ambiente de lazer para o convívio social da população. Serão revitalizadas mais de 20 áreas verdes onde serão plantadas cerca de 3.600 mudas de árvores nativas; Projeto A Rua e a Árvore, pretende mostrar a importância da árvore nos passeios públicos e canteiros centrais, sensibilizando a população e estimulando a parceria nos cuidados; Projeto Destino do Óleo de Cozinha, em fase de elaboração visa orientar a população para a destinação correta do resíduo, uma vez que não pode descartado na natureza sem tratamento adequado.

Empresas tapejarenses dão exemplo de Sustentabilidade

Plasbil

A empresa Plasbil Revestimentos também tem sua atividade principal à produção de forros de PVC que já contribui com o meio ambiente, pois como afirma o diretor Administrativo, Cláudio Bianchini, o ciclo de vida útil dos produtos de PVC varia de 15 a 100 anos, “o PVC substitui a madeira e pode ser totalmente reciclado, reduzindo o desmatamento e ajudando a preservar o meio ambiente. Com isso a Plasbil contribuiu para que mais de 600 mil Araucárias com mais de 40 anos tenham sido preservadas” - explicou.
A empresa ainda incentiva ações ambientais com a participação dos colaboradores, como o recolhimento de lixo as margens da RS 463, área destinada exclusivamente ao reflorestamento, “todo o material é encaminhado para reciclagem, embalagens, papelão, restos de matéria prima, material de descarte e controle de lixo, investimos em educação e conscientização ambiental em todos os processos, desde o papel utilizado no administrativo ao processo produtivo” – frisou Evanir Wolff, no inicio do ano durante evento da empresa.
A Plasbil Revestimentos mantém sua frota com no máximo quatro anos de uso que sempre proporciona menor consumo de combustíveis e, em conseqüência, menor impacto no meio ambiente.

Pietrobon

A Indústria Pietrobon através da Peterplas fabrica de tubos e mangueiras realiza a captação de água da chuva, segundo o gerente Industrial, Lucimar Sabedot, a empresa tem um moderno sistema de captação onde toda a água coletada é usada no processo produtivo e também para lavagem de caminhões, “reaproveitamos cerca de 60 mil litros de água com este sistema de captação, é bom frisar que utilizamos água da chuva apenas na produção de mangueiras” – explicou.
Segundo Sabedot, a Perterplas em sua unidade de fabricação de tubos de polietileno utiliza aproximadamente 80 toneladas por mês de sacolas plásticas que passam por um processo de reciclagem até reutilização, “compramos esse material de empresas que fazem a reciclagem, já testamos diversos produtos, mas este tem sido o melhor, reutilizamos também o material descartado na indústria, nada é desperdiçado”.
A empresa ainda investe em área de reflorestamento na sede campestre e em campanhas internas com os colaboradores.

Agrodanieli

Com a visão de causar o menor impacto ao meio ambiente, crescer e se expandir em harmonia com a natureza, a Agrodanieli investe em tecnologias em sua fábrica de subprodutos e em estações de tratamento licenciadas e aprovadas pelos órgãos ambientais, onde são transformados em insumos para fábrica de rações de forma contínua (no mesmo dia do abate) e posteriormente utilizadas em diferentes segmentos de nutrição animal. A fábrica de farinhas e óleo de frango, produz aproximadamente 25 toneladas por dia de produto final (penas, sangue, vísceras e óleo).
Quatro estações de tratamento fazem parte da agroindústria, todas com equipamentos necessários e acompanhamento diário de profissionais qualificados. O incubatório está equipado com Biodigestor, gerando gases para serem aproveitados como energia na unidade, diminuindo o uso de outras fontes energéticas.
Na coleta de lixo, papéis e plásticos são recolhidos separadamente para reciclagem, sucatas e lixo orgânico são destinados a empresas especializadas. Um projeto de reaproveitamento da água da chuva está sendo construído, visando sua captação para posterior aproveitamento.
A empresa quer expandir seus negócios pensando também no meio ambiente.

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